FGV: frutas puxam IPC-S para baixo em SP

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de até 31 de outubro na cidade de São Paulo, que mostrou queda de 0,09%, teve a menor variação desde a quarta quadrissemana de fevereiro do ano passado, quando caiu 0,11%. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, a intensificação de queda de preços em frutas (de -6,41% na terceira quadrissemana de outubro para -8,28% na quarta) levou à deflação no IPC-S da cidade de São Paulo. Mas as taxas negativas em frutas não são maioria nos preços do setor, na capital paulista. “As quedas ficaram concentradas basicamente em apenas dois produtos, mamão (-31,90%); e manga (-24,43%)”, afirmou.

De acordo com o técnico, o setor de alimentos in natura em São Paulo não conta mais com quedas generalizadas de preços. Ainda segundo ele, até mesmo os preços de hortaliças e legumes voltaram a subir (de -1,65% para 0,28%). “Os preços dos in natura não estão mais apresentando quedas como antes. Pode ser que este comportamento de baixa apresentado por algumas frutas não continue por muito tempo”, afirmou.

Outros tipos de alimentos também ajudaram a derrubar a taxa do IPC-S na cidade. É o caso da intensificação na queda de preços de arroz e feijão (de -0,80% para -1,27%); e taxa de inflação menos intensa em açúcar refinado (de 9,33% para 5,41%). O economista acredita que, nas próximas quadrissemanas, o IPC-S em São Paulo contará com taxas mais elevadas. “Os in natura devem voltar a subir, e isso deve aproximar mais a taxa do IPC-S da estabilidade (de 0,0%)”, disse, observando ser improvável uma intensificação da deflação na taxa do índice em São Paulo nas próximas quadrissemanas.

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