Faturamento das PMEs recuou 1,2% em abril, diz Sebrae-SP

O menor número de dias úteis em abril deste ano em relação a abril do ano passado levou a uma queda de 1,2% no faturamento das micro e pequenas empresas (PMEs) paulistas, segundo a pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae-SP. Foi o segundo recuo seguido no faturamento, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em 2014. Em março, a receita apresentou queda de 5,3%, já descontada a inflação.

Em valores, a receita total das MPEs paulistas em abril foi de R$ 48,3 bilhões, R$ 557,2 milhões a menos do que em abril de 2013. Segundo o Sebrae, o resultado negativo teve influência do menor número de dias úteis em abril deste ano. Foram dois a menos do que no mesmo período de 2013.

O recuo do faturamento em abril foi seguida em maio de uma acentuada deterioração das expectativas dos empresários. Para 26% dos 2.716 proprietários de micro e pequenas empresas, a atividade econômica deve registrar deterioração nos próximos seis meses. Trata-se, de acordo com os técnicos do Sebrae, do pior grau de pessimismo desde o início da série histórica, em maio de 2005. Em maio do ano passado, a parcela dos que acreditavam nessa possibilidade era de 10%.

A indústria apresentou o desempenho mais fraco entre os setores, com queda de 7,2% no faturamento em abril de 2014 na comparação com abril do ano passado. O comércio fechou o mês com redução de 1,4% na receita, na mesma comparação. Por setores, só o resultado dos serviços foi positivo, com avanço de 1,8%. Todos os índices trazem descontada a inflação.

“Além do menor número de dias úteis, que teve impacto no resultado das micro e pequenas empresas como um todo, a indústria, em especial, continua enfrentado problemas de competitividade”, afirma o diretor técnico do Sebrae-SP, Ivan Hussni. Segundo ele, a desaceleração da economia brasileira também vem freando o desempenho das MPEs nos últimos meses. “Em abril de 2013, a receita dos pequenos negócios havia crescido 6,1% ante abril de 2012; como se vê, a queda de 1,2% de agora coloca o desempenho das micro e pequenas empresas em uma situação bem diferente”, diz.

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