Emprego na indústria teve quarta alta seguida

Rio – O emprego na indústria cresceu 0,9% em agosto ante julho – a quarta alta consecutiva neste tipo de comparação. Com o resultado, a indústria atingiu o maior nível de emprego desde o início da Pesquisa Industrial de Emprego e Salário (Pimes), do IBGE, em janeiro de 2001.

Nos quatro meses de crescimento das contratações no setor, o total de pessoas ocupadas subiu 2,6%. Em relação a agosto do ano passado, houve alta de 0,3%. No acumulado de janeiro-agosto, o avanço foi de 0,8% e no indicador acumulado nos últimos doze meses, o crescimento foi nulo. O indicador de média móvel trimestral acentuou a trajetória de recuperação iniciada em janeiro, acumulando crescimento de 2,9% entre os trimestres encerrados em dezembro do ano passado e em agosto.

A folha de pagamento real do trabalhador alcançou em agosto o mais alto nível para os meses de agosto desde 2001, quando o IBGE deu início à pesquisa. Em comparação com agosto de 2003, a folha de pagamento real aumentou 9,6%, com crescimento em todos os 14 locais pesquisados e em 15 dos 18 setores industriais investigados. O indicador de média móvel trimestral mostrou expansão de 0,3% entre os trimestres encerrados em julho e agosto, interrompendo a trajetória de desaceleração iniciada em maio.

O economista do IBGE, André Macedo, destaca que estes resultados refletem a inflação mais baixa neste ano, na comparação com o ano passado e também a recomposição salarial de muitas categorias do setor industrial no período. “O maior dinamismo da atividade industrial está permitindo incrementos salariais nos setores que vêm apresentando um maior ritmo de desenvolvimento”, diz.

A recuperação do nível de emprego industrial e o crescimento real da folha de pagamento refletem os efeitos da manutenção do crescimento da atividade produtiva ao longo de 2004. A ampliação do número de setores industriais com crescimento na produção é igualmente observada em termos do perfil dos índices de emprego que, tanto setorial quanto regionalmente, mostram um quadro mais generalizado de resultados positivos.

Industriais ampliam índice de confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial em outubro foi de 63,8 pontos, o que indica que a trajetória de expansão da indústria brasileira deve se intensificar nos próximos seis meses. A informação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o coordenador da pesquisa, Renato da Fonseca, o índice varia de zero a 100 e os valores acima dos 50 pontos confirmam a confiança do segmento. “O empresário tende a investir mais ou encomendar mais matérias-primas para que possa atender a essa produção que vai crescer”, explica.

O índice é o mesmo registrado em janeiro de 2000. Nessa época, a economia dava sinais de recuperação. No entanto, fatores externos posteriores, como o risco do apagão, a crise econômica argentina, o atentado terrorista aos Estados Unidos e a eleição presidencial frearam o crescimento.

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