Dólar fecha semana pré-Carnaval em alta, a R$ 2,61

O mercado de câmbio manteve a cotação acima do piso de R$ 2,60 nos últimos negócios de ontem. A taxa cambial encerrou o dia a R$ 2,614 na venda, em alta de 0,42%. Na véspera do feriado prolongado do Carnaval, bancos e empresas atuaram no mercado para aproveitar o preço da moeda e puxaram a cotação para longe do piso previsto de R$ 2,50. Apesar do feriado, o volume de negócios foi próximo da média diária de US$ 1,6 bilhão.

Investidores e operadores estimam que a taxa cambial caia até R$ 2,50, com uma nova onda de captações externas esperada para o período pós-Carnaval, o que incrementaria o fluxo de dólares para o mercado brasileiro e derrubaria as cotações.

O preço da moeda americana oscilou com força durante o dia e chegou a R$ 2,588 na mínima do dia. Pouco depois, o Banco Central entrou no mercado com um leilão de compra, pedindo moeda a R$ 2,603, em linha com os preços praticados nas mesas.

O dólar também se fortaleceu lá fora contra algumas das principais moedas internacionais, a exemplo do euro, da libra esterlina e do iene. Pela manhã, o mercado desanimou com os novos números sobre o nível de emprego nos EUA.

A geração de postos de trabalho foi pelo menos metade do previsto por analistas econômicos, numa indicação de um ritmo moderado de recuperação do mercado de trabalho.

Sem pressão pelo lado do consumo e do trabalho, ficou reforçada a expectativa de uma alta gradual dos juros básicos da economia americana, o que em tese enfraqueceria o dólar internacionalmente.

Realmente, os preços da moeda dos EUA reagiram dessa forma nas principais praças financeiras mundiais, mas uma "intervenção" do presidente do Banco Central americano deu novo fôlego para o dólar.

Alan Greenspan afirmou que uma série de fatores, entre eles uma rígida disciplina fiscal, colaborava para deter o crescimento do déficit público, justamente um dos motivos que explicam o enfraquecimento do dólar em nível mundial. A declaração de Greenspan virou a tendência de baixa do dólar e susteve a cotação do euro acima dos US$ 1,30.

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