O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil calculado pelo Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná) foi reajustado em 0,26% no mês de junho. O percentual é maior do que a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que foi de menos 1%. A alta do CUB-PR reflete o aumento médio de 0,52% nos preços dos materiais da construção civil no mês de junho.
Os preços dos materiais de construção foram reajustados, em média, 21,25% nos últimos doze meses. Uma alta maior do que a variação do dólar que, no mesmo período, ficou em 17,5%. Entretanto, os preços de alguns materiais, cujos insumos básicos são afetados pela taxa de câmbio, foram reajustados em patamares muito superiores ao dólar. É o caso do aço CA-50 12,5 mm utilizado na concretagem que teve reajuste médio de 49,11% nos últimos doze meses, de acordo com a pesquisa do Sinduscon-PR para o cálculo do Custo Unitário Básico. Igualmente subiram o vidro 4 mm (46,43%); fio de cobre para eletricidade (31,58%); cimento portland comum (27,46%); tubo de PVC para esgoto (26,76%), entre outros produtos.
A pesquisa do sindicato mostra uma tendência de estabilização nos preços dos materiais de construção. Entretanto, alguns produtos tiveram altas significativas no mês de junho, a exemplo das ferragens, madeiras, pisos cerâmicos e areia, observa o presidente do Sinduscon-PR, Ramon Andres Doria. Ele lembra que “apesar da diminuição na carga tributária de 18% para 12% no ICMS da areia, brita e outros insumos, não houve redução de preços destes produtos para o mercado consumidor”. A areia lavada para concreto subiu 4,76% no mês de junho. E nos últimos doze meses, tanto a areia como a brita apresentam o mesmo percentual reajuste: 22,22%.
O índice acumulado do CUB-PR nos últimos doze meses atinge 14,95%, percentual inferior à inflação (IGP-M) que ficou em 28,23%. Nos nove anos de vigência do Plano Real (julho/1994 a junho/2003), o CUB aumentou 148,12% e o IGP-M 211,05%.
O custo médio representativo da construção habitacional (padrão H8-2N, para imóveis em prédio de oito pavimentos, dois quartos e padrão normal de acabamento), computados apenas materiais e mão-de-obra, passou para R$ 658,33 o metro quadrado em junho.