Chuva provoca perdas de até 50% em lavouras paulistas

Estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura de São Paulo aponta perdas de até 50% em lavouras paulistas, em virtude das constantes chuvas desde agosto de 2009 no Estado. Além das perdas nas lavouras, as chuvas trouxeram, de acordo com o IEA, impactos logísticos, como erosões em caminhos internos nas propriedades, pontes arrancadas e estradas vicinais utilizadas no escoamento de safras ficaram intransitáveis. O IEA avalia que uma estimativa final das perdas só será feita após o fim dos períodos chuvosos, ou seja, a partir de abril.

Entre as culturas de grãos, as que sofrerão mais danos, segundo avaliação do IEA são as de amendoim e feijão, ambas leguminosas de ciclo curto e sensíveis às chuvas. Todas as fases dessas culturas foram prejudicadas e, no caso do amendoim, cujo Estado é o maior produtor do País, se as chuvas persistirem até a colheita da maior parte das lavouras, pode haver o aumento da ocorrência da aflatoxina, que deprecia ainda mais o produto.

Os prejuízos nas lavouras de grãos também são causados pelo aumento dos custos de produção, com a dificuldade de locomoção de máquinas, veículos e de trabalhadores, bem como da incidência maior de pragas e ervas daninhas.

Uma das principais culturas paulistas, o café apresentou floradas sem uniformidade no ano passado em função das alterações climáticas observadas no período. Em consequência disso, nos cafezais existem desde chumbinhos até café já granado. O maior risco é o de comprometimento da qualidade dos grãos, seja pela falta de uniformidade da maturação ou dificuldades na colheita e secagem. Além disso, a previsão é de que a colheita seja mais cara, em virtude do maior número de passagens dos colhedores pelos pés para recolher grãos em estágio de maturação.

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