China põe fiscais para vigiar ações de controle de preço

O Conselho Estatal da China informou que vai enviar inspetores para várias partes do país para monitorar as condições dos preços aos consumidores e pediu para autoridades locais e vários ministros que encaminhem relatórios até o final de novembro sobre a implementação de medidas de controle de preços recentemente lançadas.

Neste sábado, o governo publicou em seu website o anúncio de 16 propostas de estabilização de preços aos consumidores, no qual reitera o compromisso do Conselho Estatal da China de usar medidas administrativas para domar os aumentos de preços de alimentos e de energia, preservando os menos favorecidos com o pagamento de benefícios sociais mais elevados. O Conselho Estatal é o órgão executivo supremo do país que aplica as leis elaboradas e as resoluções aprovadas pela Assembleia Popular Nacional da China e seu Comitê Permanente.

Entre as medidas concretas de controle de preços divulgadas pelo site consta o abatimento de uma série de tarifas de pedágio para todos os caminhões que transportarem produtos frescos, a partir de 1 de dezembro. O documento também informa que os governos locais deverão reduzir as tarifas para vendedores de produtos que alugarem barracas em mercados ou conseguirem espaço de venda nos supermercados.

O Conselho Estatal informou que vai limitar a exportação de fertilizantes, ajustando tarifas para garantir níveis suficientes de abastecimento interno. O órgão também conclamou as agências governamentais a “entenderem a importância e urgência de estabilização dos preços no mercado” para manter a estabilidade social, o que reflete a apreensão de Pequim sobre a possibilidade de a inflação desencadear um levante social.

Os preços aos consumidores na China subiram 4,4% em outubro, ante igual mês de 2009, sustentados, principalmente, pelos aumentos de preços dos alimentos. A alta foi a mais vigorosa em dois anos e supera a meta do governo de manter a inflação perto da meta de cerca de 3%.

Na sexta-feira, o Banco do Povo da China, o BC local, anunciou a elevação do compulsório bancário em mais 0,50 ponto porcentual para restringir a liquidez e controlar o crédito, no quinto aperto dessa taxa desde o início do ano. Hoje, o ex-vice-governador do Banco do Povo da China Wu Xiaoling afirmou que a China ainda tem espaço para elevar o compulsório bancário. As informações são da Dow Jones.

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