Caixa aumenta recursos para habitação

2006 foi o melhor ano para o financiamento de habitações no Paraná. Foram aplicados no Estado R$ 1 bilhão neste setor e mais R$ 70 milhões destinados ao saneamento básico. Os recursos financiaram 43.570 contratos. As informações foram transmitidas ontem, em Curitiba, pelo gerente regional de habitação da Caixa Econômica Federal, Gueber Roberto Laux, acrescentando que espera, em 2007, ter um desempenho igual ou melhor do que o ano passado. Dos contratos de financiamento fechados em 2006 – informa Gueber – 58% eram para imóveis novos (incluindo material de construção), o que representou 59% do valor financiado. O restante foi utilizado em imóveis usados.

O volume de financiamentos e de contratos vem aumentando significativamente nos últimos anos. Em 2005, foram fechados 27.141 contratos, com R$ 521 milhões em financiamentos. No ano passado, houve um crescimento expressivo. Laux explica que diversos fatores fizeram com que surgisse este bom resultado em 2006. Entre eles estão o bom aporte de recursos e subsídios pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), novas linhas de acesso da Caixa e a parceria com as companhias de habitação.

A realização de feirões durante 2006 foi outro item que impulsionou os financiamentos. Somente o realizado em Curitiba rendeu 1,8 mil negócios encaminhados, no valor de R$ 80 milhões. Pelo feirão na capital paranaense passaram 40 mil pessoas. Os eventos também serão promovidos em 2007.

O subsídio também foi um fator importante em 2006. Foram utilizados R$ 170 milhões somente no Paraná. Trata-se de um valor a ser abatido no contrato, dependendo da renda familiar. O subsídio é destinado às famílias com renda de até 5 salários mínimos, justamente a faixa onde está concentrada a maior parte do déficit habitacional. Estima-se que no Paraná sejam necessárias 280 mil habitações para sanar o problema. Destas, 170 mil somente na Região Metropolitana de Curitiba.

O orçamento já disponibilizado para este ano, para habitação, é de R$ 560 milhões, mas pode crescer. Foi exatamente isto o que aconteceu no ano passado. O orçamento inicial era de R$ 350 milhões, mas o valor final chegou a R$ 1 bilhão. Há expectativas também sobre o anúncio do volume a ser aplicado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve ser anunciado semana que vem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2007, os financiamentos não vão abranger somente a comercialização de imóveis. As construtoras também podem obter financiamentos para a produção. O banco vem conversando com as empresas para que se priorize a construção de imóveis até R$ 60 mil. ?Neste ano, vamos privilegiar o subsídio para imóveis novos. A construção de imóveis gera empregos, que acabam aumentando os recursos do FGTS e, conseqüentemente, os recursos para investimentos. As construtoras não vão precisar empregar apenas recursos próprios. Isto também dá garantia de produção e retorno. Em 2007, queremos que metade dos recursos seja aplicada em imóveis em produção?, comenta Laux.

Baixa renda

O Programa de Arrendamento Residencial, destinado especialmente às famílias de baixa renda, aplicou R$ 1,27 bilhão no País. Deste volume, R$ 93 milhões foram utilizados no Paraná, em 28 empreendimentos com 2.849 unidades habitacionais. Somente em Curitiba foram investidos R$ 49 milhões em 22 empreendimentos com 1.453 unidades habitacionais.

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