Bovespa perde 0,18% com aéreas e cenário externo ruim

Depois de quatro recordes consecutivos na Bolsa de Nova York, o crédito de segunda linha norte-americano voltou a preocupar os investidores, contaminando também o mercado acionário brasileiro. Também pesou sobre a Bolsa de Valores de São Paulo a queda expressiva das ações do setor aéreo, repercutindo o acidente com um avião da TAM, ontem à noite, no aeroporto de Congonhas.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, que até ontem havia acumulado quase 30% de alta no ano, recuou nesta quarta-feira (18) 0,18% e fechou aos 57.556 pontos. O índice permaneceu em baixa por todo o dia e, em seu pior momento, perdeu 1,31%. Grande parte das perdas do Ibovespa foi devolvida, contudo, com o índice beneficiado pela recuperação das ações de empresas ligadas às commodities metálicas.

O preço do estanho avançou quase 5% nesta quarta-feira e o do chumbo estabeleceu nova máxima recorde, entre outras altas do setor. Com isso, ações de peso, que pela manhã registravam queda, como Vale do Rio Doce PNA, reverteram o sinal e terminaram o dia em alta (Vale PNA, especificamente, subiu 0,43%).

Segunda linha

Nos Estados Unidos, o crédito hipotecário subprime (de segunda linha) voltou a assustar os investidores, após o banco de investimentos Bear Stearns ter informado aos investidores que os ativos das suas carteiras no fundo mais alavancado do banco não valem quase nada.

O presidente do banco central norte-americano, Ben Bernanke, em depoimento ao Congresso do país, também falou sobre o subprime. Segundo ele, houve piora significativa no setor. Bernanke lembrou ainda que a inflação dos EUA ainda está muito elevada e que o risco da pressão de preços permanece sendo a preocupação "predominante" do BC americano.

Aéreas

As ações da TAM lideraram nesta quarta-feira o ranking de maiores desvalorizações do Ibovespa, com queda de 9,08%. As da Gol ocuparam a terceira posição na lista, em baixa de 2,64%. O Citigroup reduziu de "comprar" para "manter" a sua recomendação para as ações da TAM. Antes da abertura regular da Bovespa, analistas já recomendavam aos seus clientes para ficar fora do setor de aviação neste momento.

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