Bancos reduzem juro, mas acumulado ainda é alto

A taxa média de juros cobrada pelos bancos caiu 1,1 ponto percentual de maio para junho, de 57,8% para 56,7% ao ano. Trata-se da terceira queda consecutiva nas taxas médias cobradas em operações bancárias. Em março, os juros estavam em 58% ao ano. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central.

No ano, porém, as taxas cobradas pelos bancos ainda apontam crescimento de 5,7 ponto percentual, já que em dezembro último estavam em 51% ao ano. Em 12 meses, o avanço no juro para essa modalidade chega a 9,7 ponto percentual.

“As instituições financeiras não só repassaram a redução nos custos para os clientes como também reduziram suas margens”, afirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

A taxa de juros cobrada pelo uso do cheque especial às pessoas físicas continuou em queda, passando de 177,6% para 177% ao ano, de maio para junho. Também foi de queda o movimento das taxas médias cobradas nas operações de crédito pessoal. O juro bancário para esse segmento passou de 98,1% para 96,6% ao ano, com destaque para o financiamento de veículos, cuja taxa recuou 2,3 pontos percentuais, para 45,1% ao ano.

No mês passado, houve redução nos juros cobrados tanto para pessoas jurídicas como pessoas físicas. No primeiro caso, as taxas passaram de 39,1% para 38,6% ao ano, de maio para junho. No segundo, de 83,7% para 81,4% ao ano.

Esse movimento nas taxas se deve à melhora no cenário econômico, com redução da inflação e retomada da tendência de queda do juro básico (Selic) em junho. Desde junho, a Selic passou de 26,5% para 24,5% ao ano. Além disso, a inadimplência permanece estável em 8,8% desde março.

A taxa de captação dos bancos caiu 0,5 ponto percentual, para 23,6% ao ano. O spread bancário (diferença entre a taxa de captação e a taxa de juros cobrada do consumidor) recuou 0,6 ponto percentual, para 33,1% ao ano.

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