Denúncias contra PSDB mostram que Valério age da mesma maneira desde 98

O líder do governo no Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), disse hoje (26) que as denúncias envolvendo o presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), devem ser apuradas "com responsabilidade". Mercadante ressaltou, no entanto, que a matéria divulgada pelo jornal O Globo, que revelariam o repasse de recursos das agências DNA e SMP&B à campanha de Azeredo ao governo de Minas Gerais, é uma demonstração de que as empresas de Valério vêm atuando da mesma maneira desde 1998.

"Essa matéria é importante porque demonstra com documentos, fatos, indícios, que havia um padrão de financiamento de caixa dois de campanha pelo menos desde 1998, das empresas do senhor Marcos Valério, com a participação dele, junto ao PFL e PSDB, no estado de Minas Gerais", afirmou. O presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo, negou que tenha participado de qualquer esquema de captação de recursos não declarados ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais para sua campanha ao governo do estado.

Segundo Mercadante, a revelação é fundamental para mostrar que o empresário Marcos Valério decidiu procurar o PT para repetir, em nível nacional, o que já vinha fazendo em Minas Gerais. "Esse fato é relevante porque ajuda a entender que essa empresa, posteriormente, procurou o PT e levou essa experiência construída no estado de MG em nível nacional. Infelizmente tem gente do PT que se envolveu com isso. Vamos apurar tudo com a mesma isenção, mesmo cuidado, mesmo direito de defesa, sem prejulgar quem quer que seja", defendeu.

Mercadante também cobrou do PSDB explicações por não ter tornado público o suposto vínculo de Eduardo Azeredo com o empresário Marcos Valério. "Teríamos ganhado tempo e teríamos já investigado e apurado uma série de fatos que demoraram 50 dias para a gente começar a entender. O que eu cobro é primeiro porque a gente não foi informado e, segundo, o padrão, que parece, de fato, muito semelhante", ressaltou o líder.

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