Delegado regional do Trabalho critica alarmismo sobre mínimo regional

No Paraná há cerca de 400 mil empregados domésticos e só 100 mil têm carteira assinada, de acordo com dados da Delegacia Regional do Trabalho. A maior parte deles, segundo o delegado Geraldo Serathiuk, já ganha mais que o salário mínimo. ?O Paraná?, explica, ?está passando por uma reengenharia da política econômica, ou seja, os empregos aumentaram e o poder de compra também?. ?Sendo assim, temos que ter seriedade de tranqüilidade em relação ao novo mínimo regional. Nesse governo, em três anos, geramos mais de 300 mil empregos, enquanto no anterior, durante oito anos, foram só 37 mil?, afirmou.

Serathiuk rebateu críticas feitas ao salário mínimo regional proposto pelo governador Roberto Requião e aprovado, na terça-feira (09), pela Assembléia Legislativa. O delegado classificou como irresponsáveis as suposições sobre fechamento de empresas. Ele garantiu que há contrapartidas governamentais que consagraram a expansão de crédito e a diminuição da carga tributária, além do reajuste do salário mínimo nacional e o aumento da renda dos trabalhadores. ?Repudio qualquer idéia dessas pessoas de criar alarmismo, pois elas não têm bases científicas. Essas pessoas não estão tratando com profissionais sem responsabilidade. A intenção do Governo do Estado é mais renda, mais poder de compra e geração de emprego?, revidou.

Serathiuk acredita que se realmente houver a necessidade de fazer alguma diminuição da carga tributária, o governo vai fazer, como fez com a isenção de ICMS às micro empresas e redução do imposto às pequenas e médias.

Domésticas

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Curitiba e de 32 cidades do Paraná, Reginalda Oliveira Santos, aponta que, até o momento, não houve nenhum registro de empregado demitido, devido ao salário mínimo regional. ?Não acredito que aumente a informalidade, pois o que acontece aqui são os empregadores querendo regularizar a situação?, disse.

Reginalda disse que, no Rio de Janeiro, quando foi aprovado o mínimo regional carioca houve também esse receio, ?mas no final nada aconteceu?. O novo mínimo regional do Paraná, conforme Reginalda, vai melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores representados pelo sindicato, que somam 84 mil empregadas domésticas no Paraná, com apenas 6% desse número com carteira assinada. ?Isso significa uma vida mais digna, mais medicamentos, lazer, estudo para os filhos, entre muitas outras coisas?, completou.

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