Simulação

Como o Paraná se prepara para evitar massacres e ataques em escolas?

Foto: Albari Rosa (Arquivo)

Depois de casos recentes de ataques em escolas no Brasil, com mortes e pessoas feridas em São Paulo, Rio de Janeiro e, mais recentemente, em Blumenau, no estado vizinho de Santa Catarina, o Paraná trabalha para evitar situações semelhantes.

Segundo o Governo do Estado, um treinamento de Segurança Escolar Avançado em escolas da Rede Estadual já ocorreu no fim de março, organizado pela Polícia Militar (PMPR). A ação foi no último dia 25, no Colégio Estadual Cívico Militar Ermelino de Leão, no Boa Vista, em Curitiba. Participaram equipes do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e também servidores públicos da Secretaria de Estado da Educação (Seed).

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No dia, houve simulação de uma invasão real ao colégio, com uso de simulacros de arma branca e de fogo. Cerca de 20 instrutores das forças de segurança orientaram alunos e professores sobre as medidas de emergência a serem tomadas em um caso assim. O evento contou também com patrulhamento da PMPR, que posicionou viaturas para isolar a vizinhança da escola. 

Embora o treinamento tenha saído do papel, esse projeto ainda está em fase embrionária no Paraná. Os resultados ainda serão avaliados pelos organizadores, mas a ideia que o curso venha a ser realizado em várias regiões do estado.

Para o major Ricardo da Costa, comandante do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), o treinamento servirá como protocolo, tanto para a comunidade escolar quanto para as forças de segurança. “Essa simulação fará um upgrade no curso de segurança escolar que já vem sendo aplicado aos policiais militares e aos profissionais de educação, agora, de forma prática”, destacou.

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O major Felipe Serbena, comandante do BOPE, disse que os protocolos preventivos são essenciais aos alunos e professores, para que saibam agir diante de possíveis ameaças. “Os professores e alunos são orientados sobre medidas preventivas nos casos de invasão. Tais orientações são fundamentais para evitar possíveis tragédias como a da Escola Municipal Tasso da Silveira, que aconteceu em 2011 no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro”, disse Serbena.

Como foi para a comunidade escolar?

Nessa ação no Colégio Estadual Cívico Militar Ermelino de Leão, alunos e diretores aprovaram o contato com os policiais. Guilherme da Silva França, 15 anos, matriculado no 9.° ano, foi um dos envolvidos na simulação. “Aprendi que a primeira atitude a ser tomada em caso de invasão é observar o entorno e procurar um esconderijo”, reforçou Guilherme.

Para a diretora da escola, Daniela de Liz, a participação de quase 60 alunos na atividade fez toda a diferença. “Eles entenderam a necessidade de aprender sobre como se protegerem. Lições como essa servem pra vida”, disse a Daniela.

Paraná já teve atentado em 2023?

Ainda não houve casos de atentados em escolas do Paraná, mas na segunda-feira (3), em Londrina, no Norte Pioneiro, a Polícia Civil (PCPR) cumpriu mandado de busca domiciliar e de internação de um adolescente que utilizou suas redes sociais para fazer ameaças que davam conta de um massacre em um colégio da cidade.

A operação ocorreu de um trabalho conjunto com a PMPR, após informações serem repassadas pela Patrulha Escolar para a Delegacia do Adolescente de Londrina. A investigação resultou no pedido pela internação do menor.

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Na residência do aluno, foram apreendidas uma máscara, uma faca, um par de luvas e o celular do adolescente. Mas, de acordo com o delegado titular da Delegacia do Adolescente e o Comandante da Patrulha Escolar de Londrina, 1.º Tenente QOPM Renan Rodrigues do Prado, não há como afirmar se o menor cometeria algum crime.

“Não tem como avaliar até onde esse adolescente iria chegar, mas não vamos tratar nada com descrédito. Vamos trabalhar preventivamente, então avaliamos que foi preciso fazer essa ocorrência”, comentou o delegado.

Ratinho Junior

O governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Júnior (PSD), lamentou a ocorrência desta quarta-feira no estado de Santa Catarina. Pelas redes sociais, o governador pediu que se faça Justiça.

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“A brutalidade e a covardia dos crimes cometidos contra crianças inocentes em uma creche de Santa Catarina causam perplexidade e indignação. Não há palavras para amenizar a dor das famílias que perderam seus filhos de maneira tão cruel”, postou Ratinho Junior.

E o governador segue. “Que a Justiça puna o assassino em seu rigor máximo e que Deus conforte o coração das famílias neste momento tão trágico. A solidariedade do povo do Paraná aos irmãos catarinenses”, finalizou.

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