Superdotada

Com apenas 6 anos, menina de Curitiba entra para seleto grupo com alto QI

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Foto: Marcos Vinícius

Uma moradora de Curitiba, de 6 anos de idade, foi aceita na Intertel, uma sociedade exclusiva para pessoas com o Quociente de Inteligência (QI) superior a 135 pontos. Miyuki Yamanaka atingiu 140 pontos no teste de QI e já era membro da Mensa, outra sociedade restrita e antiga do tema.

Segundo a família, a Miyumi é uma criança tranquila. A pontuação alta não interfere nos hábitos da criança. “Eu não sei bem o que é uma sociedade, mas eu achei legal. Quando eu estou em casa eu gosto de comer bisnaguinha e de brincar com a minha cachorra. Eu adoro jogar a bolinha para ela”, relata a menina.

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Porém, algumas coisas chamam a atenção. A Miyuki começou a andar e a falar antes dos 9 meses de idade. Aos 4 anos, passou a identificar palavras. Dois anos depois, já tinha lido mais de cem livros.

“Eu gosto de livros comuns, já li seis da Bruxonilda. Na escola, acho os outros muito bagunceiros, mas eu brinco de pega pega no intervalo”, complementa.

Mesmo orgulhosa das conquistas, a mãe da menina, Eliz Yamanaka, tem uma visão crítica sobre o tema.

“A informação é muito escassa sobre a condição neurológica de pessoas superdotadas. Até pode parecer que foi premiado na vida por estar no extremo da inteligência, mas o mundo tá na média. Quem tá em algum ponto fora da curva precisa se adaptar. A ideia de dar notoriedade a isso e deixar ela participar da Intertel foi em ter suporte, ter contato com outros superdotados”, afirma Eliz.

Para ela, a superdotação é definida em alta capacidade e alta intensidade. No entanto, a condição da filha traz preocupações. Aquilo que os colegas de sala levam um mês para aprender é absorvido em menos de uma semana por Miyuki.

“Como que você explica para a escola e para o Estado que a criança pequena que já lê e já escreve tem que pular o prezinho? Ela aprende de primeira, cai na repetição e fica entediada. Culturalmente a gente não tem uma estrutura para superdotados no Brasil e isso leva à evasão escolar. Para que a minha filha permaneça na escola é preciso de apoio e inclusão”, complementa a mãe.

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Esta também é a visão da psicóloga Elizabeth Carvalho da Veiga, doutora em Psicologia e professora universitária. Para ela, a escola trata a criança com altas habilidades de maneira punitiva.

“Por lei, deveria ser garantido o enriquecimento curricular. Ou seja, criar conteúdos que desafiem a cognição da criança com o QI alto. Por exemplo, passar dez contas matemáticas simples para os outros alunos e três mais complexas para ela. A escola faz ao contrário e aplica uma punição. Crianças de desempenho dentro do padrão recebem dez contas, ela recebe vinte para se manter ocupada por mais tempo. Assim, a escola se torna chata”, explica a psicóloga.

Estima-se que um quarto da população brasileira tenha altas habilidades, mas a realidade é de subnotificação.

“O sistema realmente não está preparado para estimular questões cognitivas e emocionais. A maioria dos superdotados fica invisível na educação, não é visto. A lei garante também a aceleração. O que eu vejo é que uma criança que não está confortável no ambiente escolar pode ser adiantada em um ou dois anos, mas se ela estiver bem, é preciso investir no enriquecimento. São crianças, o cognitivo está desenvolvido, mas o emocional ainda não”, completa.

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