Veja como evitar!

Perigo! Praias do Litoral do Paraná têm recorde de salvamentos e afogamentos

Salvamento em praia do Litoral do Paraná. Foto: Jaelson Lucas/AEN

O que é para ser um momento de alegria em família, o banho de mar está virando tragédia no Litoral do Paraná. Os números da temporada 2023/2024 impressionam, com a quantidade de atendimentos feitos pelo Corpo de Bombeiros. Somente no último fim de semana, entre sexta-feira (5) e domingo (7), foram 197 salvamentos nas praias, dentre eles, 24 afogamentos – com uma morte de um adolescente de 14 anos, natural de Ponta Grossa, na região do Campos Gerais. 

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Segundo dados do Corpo de Bombeiros, são cinco mortes por afogamento desde o começo da Operação Verão Maior, em 16 de dezembro, número que ultrapassa a temporadas a 2021/2022 (4 mortes) e se aproxima de 2020/2021 (8 mortes). A última ocorreu na segunda-feira (8), quando um rapaz de 17 anos que estava desaparecido, foi encontrado morto em Caiobá, no município de Matinhos.

Diariamente, os bombeiros realizam em média 39 socorros no Litoral do Paraná, totalizando 986 salvamentos, segundo a pesquisa. Destes salvamentos, 102 são afogamentos, ou seja, quando as vítimas aspiraram água. Considerando outros casos graves, a lista de atendimentos ainda conta com a morte de uma criança em piscina.

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Os dados servem de alerta, fazendo uma comparação com ano passado, do dia 17 de dezembro de 2022 ao dia 26 de fevereiro de 2023, foram 1284 salvamentos. Nesse período houve 10 mortes no litoral do estado.

O que explica tantos salvamentos e afogamentos?

Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

A explicação para tantos casos preocupantes pode estar relacionada com a maior quantidade de pessoas no Litoral do Paraná e com a falta de respeito com as sinalizações do Corpo de Bombeiros. Para a tenente Ana Paula Zanlorezzi, esses fatores estão contribuindo para o alto número de atendimentos.

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“Quando se tem mais gente frequentando, a tendência é termos esses aumentos. A temporada passada teve problemas de deslocamento na rodovias devido a desabamentos, e (agora) o banhista está vindo. Além disso, as praias estão mais atrativas com as obras que foram realizadas. Digo que os guarda-vidas estão trabalhando sem parar, e infelizmente, têm pessoas que não aceitam o cuidado e a advertência”, diz Ana Paula. 

Pulseirinhas para as crianças

Pulseirinhas protegem as crianças. Foto: Divulgação/PMPR

Outro problema nas praias, segundo a tenente do Corpo de Bombeiros, é que muitos pais acabam não colocando a pulseira de identificação nas crianças. O acessório auxilia na localização dos pequenos, já que nela constam informações como nome da criança, telefone de contato dos responsáveis e o posto de guarda-vidas do qual a família está próxima. Elas são feitas de material à prova d’água, que permitem o uso dentro do mar.

“Muitos pais não fazem isso na chegada na praia, tem casos de crianças que ficam por horas aguardando em um posto de guarda-vidas. Outra orientação é que os pais nunca devem estar a mais de um braço de distância das crianças, seja na areia ou na água. Não adianta ficar somente olhando, pois com o grande movimento, qualquer descuido por virar um grande problema”, alerta Ana Paula Zanlorezzi. 

Dicas para aproveitar com segurança

Nas praias, é preciso ficar atento para banhos apenas em áreas protegidas por guarda-vidas, que podem ser identificadas pelas bandeiras de cor vermelha sobre amarelo (veja o significado das bandeiras abaixo). 

Os banhistas devem procurar entrar no mar sempre acompanhados, manter supervisão constante das crianças e não utilizar dispositivos infláveis (boias, colchões). Além disso, o uso de bebidas alcoólicas é desaconselhado, bem como a tentativa de resgate de pessoas que estão se afogando.

“A gente deseja que as pessoas venham ao Litoral e retornem para casa somente com boas lembranças. Sempre procure faixas protegidas por guarda-vidas, pois caso ela tenha alguma dificuldade, esse profissional consegue ajudar. Se não for na área indicada, se ocorrer algum problema, o tempo de resgate é valioso”, completa a tenente.

Cores das bandeiras nas praias

Bandeiras dos bombeiros têm cores e alertas diferentes. Foto: Divulgação/Sesp-PR

Os guarda-vidas orientam os banhistas de diversas maneiras: com apito, advertência verbal e uso de bandeiras. Conheça o significado delas:

Bandeira vermelha e amarela: significa que a área é protegida por guarda-vidas;

Bandeira preta: significa que a área não é protegida por guarda-vidas;

Bandeira verde: significa que o local é adequado para banho e tem baixo risco de afogamentos e incidentes;

Bandeira amarela: significa que o local tem risco médio de afogamentos e incidentes. Indica que há presença de ondas, correntes e outros fatores de risco. Significa que a área é contraindicada para nadadores inexperientes e que nadadores experientes devem ter cuidado;

Bandeira vermelha: significa que o local tem risco alto de afogamentos e incidentes. Indica que há ondas, correntes e outros fatores de perigo. Significa que a área é contraindicada para todos os nadadores. Banhistas devem ter grande atenção e cuidado;

Bandeira dupla vermelha: indica que a área está interditada para banho.

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