Feirinha do Largo da Ordem

Instituto de Turismo garante que ouviu feirantes sobre nova barraca do Largo

Feira do Largo da Ordem, em Curitiba. Foto: Cesar Brustolin / SMCS

O novo modelo de barracas da Feirinha do Largo da Ordem, em Curitiba, segue gerando polêmica entre os artesãos e a prefeitura. Segundo os trabalhadores, as barracas foram desenvolvidas sem o necessário aval de quem as utilizada com frequência para vender produtos. A discussão deve seguir aberta pelo menos até a próxima segunda-feira (10), quando os envelopes com as propostas das empresas que pretendem participar da licitação para execução do projeto das barracas serão abertos.

A principal discordância entre feirantes e o Instituto Municipal de Turismo (IMT), responsável pelas barracas, seria a falta de clareza de informações a respeito da “batida de martelo” para o modelo ideal das novas barracas, que seja prático para o uso na Feirinha do Largo.

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De um lado, o IMT defende que os artesãos foram consultados várias vezes antes da publicação do edital do projeto. A divulgação das regras para execução do projeto ocorreu no último dia 24 de março.

Em nota, após uma cobrança da Tribuna, o IMT informou que, em fevereiro de 2022, uma reunião virtual de apresentação do protótipo foi realizada com participação de mais de 250 artesãos. Ainda em 2022, o tema também foi pauta de audiência pública solicitada pela Frente Parlamentar da Retomada do Turismo da Câmara Municipal de Curitiba.

Encontros

Lá no ano passado, em fevereiro, segundo o IMT, o modelo da barraca foi aberto à visitação. “Por várias oportunidades os artesãos puderam conhecer o protótipo. Foi disponibilizado um e-mail para recebimento de sugestões e quase 50 artesãos se manifestaram”, disse o instituto.

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Ainda conforme a nota, a licitação foi adiada em um ano, uma vez que a prefeitura entendeu que havia necessidade de alterações no projeto. O IMT diz que todas as considerações de artesãos foram analisadas, sendo que o projeto foi alterado para atendimento as principais demandas.

Entre as demandas sugeridas, o IMT disse que houve “aumento do balcão, solução para prateleira inferior à mesa frontal para guarda de materiais, possibilidade de exposição em balcão em L ou U, maior garantia para proteção de chuva nas laterais, possibilidade de inversão e redução do balcão para possibilitar uma barraca com abertura frontal”, explica o instituto.

Sendo assim, diz o IMT, “o novo modelo que será implantado é resultado de um projeto colaborativo entre a administração pública e os artesãos”.

“Nunca foi dito que aceitamos”

Discordando no IMT, Tiemi Takahashi, representante do setor Garibaldi, confirma que reuniões foram realizadas e sugestões foram apresentadas, mas ela diz que não houve acerto quanto ao protótipo. “Essa questão da barraca em L, eles só apresentam em U. Em momento algum eles falaram disso. Eles mostraram o protótipo, mas nunca foi dito que aceitamos”, reclama a representante.

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Ainda segundo ela, o fato dos feirantes apresentarem sugestões não quer dizer que o novo modelo foi aceito. “Eles fazem um discurso bonito, chamam a gente para conversar, mas essas conversas sempre naquela base que o modelo é esse, e temos que aceitar. Eu, como representante do trecho, preciso questionar, pois tem artesãos com vários tipos de trabalho. Da forma que eles estão analisando a questão, eu não concordo”, finalizou Tiemi.

Projeto

As modelos das novas barracas foram criados pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). A ideia, validada pelo prefeito Rafael Greca, que as estruturas atuais estão desgastadas pelo tempo, e que não oferecem mais a segurança necessária e praticidade aos feirantes.

“As novas barracas aliam a sua utilidade à beleza. São exemplos de design curitibano. A partir do aniversário de 329 anos de Curitiba, em 2022, farão parte da nossa identidade cultural”, afirmou Greca, em outubro de 2021.

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