1,8 mil clientes pelo Brasil

Empresa da região de Curitiba tem faturamento milionário com venda de sacolas plásticas

Leonardo Ribeiro está à frente da área de novos projetos e também das linhas de produção da Teckpack. Foto: Star Produções

A Ecoplast, empresa de reciclagem de plásticos, é um exemplo clássico de empresa familiar que trava árduas batalhas para se manter relevante e acompanhar tendências ligadas à tecnologia e à inovação com o passar das décadas. Prova disso é a recente mudança de marca, a adoção de um novo posicionamento e até mesmo de nome: agora, a companhia fundada em 1999 chama-se Nafplast.

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O esforço por atualização no negócio também resultou na criação de uma empresa secundária. Trata-se da Teckpack, que fabrica sacolas plásticas e atende grandes redes de atacarejos, farmácias e outros comércios de Curitiba e região. São, ao todo, mais de 1,8 mil clientes pelo Brasil.

Fundada há oito anos como parte do grupo Ecoplast, a Teckpack é, hoje, uma das principais companhias, em capital financeiro e número de trabalhadores, de Contenda, município da região metropolitana de Curitiba com pouco mais de 20 mil habitantes — e onde ficam as duas plantas fabris da Teckpack.

Choque de cultura

Além de simbolizar a busca por atender uma demanda não atendida de consumidores de sua empresa-mãe, a Teckpack é também a oportunidade de a Nafplast abraçar a inovação e estruturar um plano de sucessão robusto. Na gestão do negócio, além do fundador Celso Borba, estão também seus três filhos.

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À frente da área de novos projetos e também das linhas de produção da empresa está Leonardo Ribeiro, de 23 anos. Sob seu comando, a Teckpack tem passado por um choque de gestão desde 2021, quando Ribeiro implementou políticas de apoio à força de trabalho e valorização do capital humano. “Sabemos que as pessoas são a chave para tudo”, conta o executivo ao GazzConecta.

A Teckpack foi fundada há 8 anos como parte do grupo Nafplast, antiga Ecoplast, por Celso Borba Ribeiro (no centro da foto). Na gestão da empresa, também estão os seus filhos, Leonardo, Priscila e Jessyka Ribeiro. Crédito: Star Produções.
De olho no bem-estar emocional dos funcionários, a empresa estabeleceu políticas de incentivo ao autocuidado e saúde mental. Para isso, fixou no calendário conversas semanais para falar de projetos de vida e objetivos profissionais — e entender como poderia ajudar os colaboradores nessa jornada. “Queria desenvolver a parte humana da minha empresa e agora vamos além: queremos ser reconhecidos como um ”Great Place to Work” até 2026”, diz.

Apelo à sustentabilidade

Além do apoio ao bem-estar dos colaboradores, a Teckpack está atenta ao impacto de outras frentes do ESG (sigla para ambiental, social e governança) em seu desempenho. Do lado da sustentabilidade, Ribeiro destaca que a Teckpack foi uma das primeiras empresas a utilizar tinta à base de água, ao invés de solvente. O produto, segundo ele, é muito mais poluente, e pode representar riscos aos funcionários expostos a longo prazo.

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As sacolas plásticas também são biodegradáveis, e a Teckpack se compromete a reciclar o equivalente a 100% da quantidade produzida nas fábricas. “É um compromisso social nosso”, afirma Ribeiro.

Os próximos passos

Para manter sua relevância e pavimentar o caminho para os próximos 20 anos no mercado, a Teckpack —  e também a Nafplast — está de olho em parcerias com o poder público para ampliar o alcance de suas sacolinhas plásticas recicladas. “O produto reciclado, especialmente o plástico, é um produto de valor. Quando as pessoas, governos e empresas entenderem isso, muitas oportunidades irão surgir”, diz.

Parte dessas oportunidades, segundo o executivo, está na ampliação do portfólio da empresa. A Teckpack passou a vender recentemente sacos de lixo para hospitais, com um primeiro cliente em Minas Gerais.

De acordo com Ribeiro, essa expansão vai exigir a abertura de uma terceira planta industrial, também em Contenda. Em 2022, a empresa faturou R$ 20 milhões e, com os novos projetos, a intenção é dobrar esse valor em 2023.

Em outra frente, o grupo encara um momento de cautela e atenção graças a um processo de sucessão ainda em estruturação. “Nosso maior desafio hoje é essa passagem de bastão, sem comprometer a cultura e valores da empresa”, diz Ribeiro. A intenção da empresa é concluir a transição nos próximos dois anos.

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