Espertinhos

Dupla aplicava o golpe do bilhete premiado em ‘bacanas’

O 2.º Distrito Policial (Rebouças) divulgou ontem retrato falado do casal que vem aplicando o golpe do bilhete premiado em bairros nobres, como Batel e Água Verde. Uma das vítimas foi uma bancária, que entregou mais de R$ 100 mil, em dinheiro e joias, para ajudá-los a resgatar o prêmio de R$ 1,5 milhão. De acordo com o superintendente Job de Freitas, em poucos dias foram três golpes atribuídos ao casal.

Na semana passada, a funcionária de um banco caiu na armadilha. Ela foi surpreendida, pela manhã, por uma mulher, na faixa dos 30 anos e com sotaque caipira, quando saía de uma agência bancária, na Rua Coronel Dulcídio. A falsária disse que ganhou na loteria, e pediu ajuda para sacar o prêmio, perguntando sobre a Caixa Econômica Federal mais próxima.

Comparsa

Enquanto as duas conversavam, um homem bem vestido e com uma mala recheada de dólares apareceu para completar o golpe. Disse que era corretor de imóveis e ofereceu a maleta como garantia. Ele se mostrou impressionado com o valor do falso bilhete e, juntamente com a comparsa, passou a ludibriar a vítima.

Para receber R$ 100 mil da falsa ganhadora da loteria, como recompensa pela ajuda, a bancária e o falso corretor teriam que apresentar uma garantia. O homem ofereceu a maleta recheada de dinheiro e simulou ligar para o banco, confirmando a existência do prêmio.

Saques

A vítima então sacou R$ 60 mil em dois bancos e pegou joias em casa. Quando estavam rumo à Caixa, para resgatar o prêmio, a golpista fingiu passar mal. A vítima entrou numa farmácia para comprar um comprimido e a dupla fugiu com o dinheiro. O carro, possivelmente um Gol, tinha placa de Almirante Tamandaré. “Solicitamos imagens de câmeras de segurança que podem ter flagrado a ação deles”, informou Job.

Segundo o investigador, os golpistas agem durante o horário de expediente bancário e costumam enganar mulheres e idosos. “Nos outros casos nesta semana eles conseguiram quantias menores, como R$ 20 mil e R$ 40 mil. Certamente mais pessoas devem ter caído no golpe e podem ter registrado boletim de ocorrência em outra delegacia. Outras têm vergonha e preferem não ir à polícia”.

Características

A golpista é baixa, morena, magra, cabelos lisos e pretos, aparenta 30 a 35 anos, olhos castanhos. O comparsa aparenta 35 anos, 1,70 metro, é encorpado, com cabelos curtos castanhos escuros e olhos castanhos. Usava calça social cinza escura e camisa social azul. Quem tiver informação sobre eles deve entrar em contato com o 2.º DP, pelo telefone 3332-0110. Não é necessário se identificar.