Maus-tratos

Cemitério clandestino de cachorros é investigado pela polícia em Curitiba, em casa que tinha 200 animais

Cachorro do canil recebe atendimento veterinário. Quatro animais morreram. Foto: Reprodução/RPC.

A Polícia Civil investiga a presença de um cemitério clandestino de animais no imóvel da mulher presa por manter mais de 200 cachorros em situação de maus-tratos em Curitiba, no bairro São Lourenço. Maria Inês Demeterco, responsável pela casa deixou a prisão após pagar fiança na sexta-feira (20), e vai responder pelo crime em liberdade.

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A suspeita de existir um cemitério clandestino veio após voluntários que estão ajudando na limpeza encontrarem um corpo de um cachorro morto em uma pequena cova. “Começou a aparecer uma sacola e quando puxaram tinha um cachorro morto dentro. E tem outros corpos aqui embaixo’, disse Gisele Fedalto, em entrevista para a RPC.

Para realizar esse atividade, a Polícia Civil informou que a prefeitura ao lado do Instituto Fica Comigo, responsável por cuidar dos animais encontrados no terreno, irão procurar outros cachorros que podem ter morrido por maus-tratos. ” É uma espécie de cemitério improvisado no ambiente, e a prefeitura e o Instituto estão se mobilizando para retirar todos os animais que foram enterrados em uma cova rasa” explicou o delegado Guilherme Dias.

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Todos os dias, voluntários chegam no local para auxuliar na limpeza e cuidar dos cachorros que ali ficaram. “O amor toca no coração de ver o cãozinho ali sofrendo. Muitos deles nunca tinham visto a luz do dia, então choca, né”, afirmou a voluntária Mayara Moraes, que trabalha como fotógrafa.

Pedidos de ajuda a prefeitura

A defesa da mulher afirmou que ela pediu socorro à prefeitura de Curitiba várias vezes, sempre informando a situação do canil. Já a administração pública informou que ela comprovava os investimentos em alimentação e cuidados médicos dos animais, apesar do espaço, realmente, não ser o ideal para a quantidade abrigada.

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Além disso, a prefeitura confirmou ter recebido os pedidos de ajuda e disse ter atendido às solicitações, promovendo atendimentos clínicos básicos, vacinação, microchipagem, castração e fornecimento de ração.

“Fiz por amor”

Em depoimento à polícia, a mulher reconheceu que os animais estavam magros, pois estava passando por problemas financeiros, o que dificultava a compra de ração suficiente. Questionada se ela se considerava uma acumuladora, Maria Inês acredita que não, e fez tudo isso por amor.

“Eu fiz por amor. Até porque eu não me acho acumuladora. Eu posso ter exagerado no número, mas eu fiz por amor”, relatou na conversa com o delegado. Vinte animais resgatados já foram encaminhados para famílias, mas quatro morreram por desnutrição.

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