Câmara dos vereadores

1º Polo Gastronômico da região Sul de Curitiba vai sair do papel, veja onde

“A intenção é tornar este trecho da Nicola Pellanda uma área de convívio”, explicou Mauro Bobato. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) começou a votar, na manhã desta terça-feira (09), a criação do Polo Gastronômico do Pinheirinho, o nono da cidade, mas o primeiro da região sul. “Querer a Nicola Pellanda inteira como um polo gastronômico ficaria complicado, então foi prospectado um trecho”, explicou o autor, Mauro Bobato (PP). Dos quase 10 km de extensão da rua Nicola Pellanda, o Polo Gastronômico do Pinheirinho compreenderá um trecho de cerca de 2 km, entre a Alameda Nossa Senhora do Sagrado Coração e a Celeste Tortato Gabardo.

“A intenção é tornar este trecho da Nicola Pellanda uma área de convívio, uma área de participação, que o pessoal possa criar alguns espaços, alguns nichos, não só no nicho gastronômico”, declarou Bobato. Além de incentivar o desenvolvimento dos empreendimentos na área da gastronomia, o autor afirmou que outros segmentos podem ser impulsionados, como a realização de feiras culturais, “porque vai levar gente, vai movimentar”.

LEIA TAMBÉM:

>> Cratera insistente apresenta rachadura na BR-277 e faixa é interditada para nova obra

>> Economias no lixo! Vítimas de construtora na Grande Curitiba denunciam golpe

A lei traz como objetivos o incentivo à realização de eventos culturais e gastronômicos na região e a promoção de melhorias na segurança, iluminação, calçadas e sinalização indicativa dos estabelecimentos participantes. Emenda suprimiu do texto o dispositivo que  previa a repressão ao comércio ambulante irregular. Com 29 votos “sim” na análise em primeiro turno, a proposta retorna à ordem do dia, nesta quarta-feira (10), e depende da confirmação pelo plenário.

“Este polo gastronômico na região sul, a gente torce que seja uma referência, que seja um grande avanço, talvez um piloto para novas intervenções”, complementou. Curitiba, hoje, já conta com oito polos gastronômicos: da Itupava, lei municipal 15.010/2016; do Alto Juvevê, lei 15.098/2017; da Avenida Salgado Filho, lei 15.099/2017; de Santa Felicidade, lei 15.123/2017; do Água Verde, lei 15.168/2017; da Região Norte, lei 15.202/2018; da Alameda Prudente de Moraes, 15.428/2019; e do Petit Batel, lei 15.780/2020.

O Plano Diretor de Curitiba e a concepção de polos gastronômicos

“A concepção de polo gastronômico começou em 2015, quando foi aprovado o Plano Diretor, […] para possibilitar determinados nichos, focos”, explicou Bobato. De acordo com a lei municipal, os polos gastronômicos são “aglomerações urbanas, características por localizarem-se em locais de passagem comercial, capazes de promover a transformação para a expansão de produtos e serviços de natureza gastronômica, através da formação de parcerias, acordos e convênios, aumentando a condição de produção local, fortalecendo os agentes do setor e permitindo a qualificação permanente do segmento, em prol do crescimento econômico e social, assim como o fortalecimento da identidade local”.

A legislação diz que os polos podem receber incentivos como a flexibilização de projetos de caráter provisório com o uso do passeio público; a autorização simplificada para eventos, decorações temporárias e o fechamento de ruas em datas comemorativas; a realização de ações para qualificar os empreendedores; e o estudo para ampliar o acesso do transporte coletivo. O Plano Diretor de Curitiba delega ao “órgão municipal de planejamento urbano desenvolver projetos de qualificação urbana e paisagismo com o intuito de potencializar essas regiões, […] inclusive na possibilidade de divisão de custos”.

O autor citou algumas demandas da rua Nicola Pellanda, como melhorias viárias para desafogar o trânsito nos horários de pico e o aumento das linhas em circulação no transporte coletivo. “O comércio está chegando e a gente quer potencializar isto”, pontuou. No entanto, para Bobato, “a implantação dos polos acaba acontecendo muito pela dinâmica da iniciativa privada, são eles [empresários], efetivamente, que fazem as coisas acontecerem”.

“É importante ressaltar que o Ippuc [Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba] trabalha junto à Prefeitura para que tenha um decreto regulamentando o Plano Diretor em relação aos polos gastronômicos”, comentou o líder do governo na Câmara Municipal, Tico Kuzma (PSD). Autor do projeto de lei que deu origem ao Polo Gastronômico da Itupava, o primeiro de Curitiba, Bruno Pessuti (Pode) defendeu a expansão do conceito às demais regiões “que têm essa vocação para a alimentação fora do lar”. “A Prudente [de Moraes], hoje toda revitalizada, é um exemplo do que podemos fazer em outras regiões da cidade”, opinou.

“É uma maneira de fazer com que o povo de lá possa frequentar nossa região, […] fomenta a economia, gera emprego”, disse Marcos Vieira (PDT). Serginho do Posto (PSD) reforçou que os polos gastronômicos promovem o desenvolvimento local e incentivam a organização dos empreendedores da região. Nori Seto (PP) confirmou que no trecho existe a concentração de comércios gastronômicos e que o polo gastronômico contribuirá para a economia do Pinheirinho. Sidnei Toaldo (PRD) lembrou que o bairro em que mora, Santa Felicidade, já é contemplado por um polo gastronômico, que, para ele, beneficia os comerciantes, gerando renda e trazendo vida à cidade.

Já Indiara Barbosa (Novo) e Alexandre Leprevost (União) pediram que os incentivos previstos pelo Plano Diretor sejam colocados em prática. Eles assinam, em conjunto, projeto de lei para a criação do Polo Gastronômico da Rua Alameda Dom Pedro II. “O próprio Plano Diretor autoriza a Prefeitura a simplificar a questão de alvará”, citou Indiara. “Muitos benefícios podem vir a acontecer, inclusive a valorização dos pontos, dos imóveis, mas nós enxergamos que o polo gastronômico precisa ampliar sua gama de benefícios aos empresários”, comentou Leprevost.

“Agora fica o desafio para que a gente possa, efetivamente, fazer a diferença, por intermédio desta lei, por intermédio de intervenções da Prefeitura, mas também dos comerciantes, que a gente possa avançar cada vez mais, que seja um marco para a nossa região, [que está] fora do eixo central”, finalizou Bobato. Empreendedora da região, Josiane Scharneski acompanhou a votação.

Instituto Leo Perussolo terá Utilidade Pública de Curitiba

A Câmara de Curitiba também votou e aprovou de forma unânime, em primeiro turno, o projeto de lei para conceder a Declaração de Utilidade Pública Municipal ao Instituto Leo Perussolo (ILP). O autor, Dalton Borba (Solidariedade), explicou que a organização sem fins lucrativos é apartidária e nasceu, em agosto de 2022, “com o propósito inspirador de honrar a memória de um jovem extraordinário e tornar o mundo um lugar melhor para todos”.

O ILP atua com adolescentes entre 14 e 18 anos em situação de vulnerabilidade social, fragilidades socioeconômicas e dificuldades para a inserção no mercado de trabalho. As atividades diárias do instituto abrangem um programa pedagógico com aulas regulares de Matemática, Português, História, Artes e Gestão de Projetos com foco nos ODS.

“As disciplinas são trabalhadas numa proposta de transversalidade conforme prevê a proposta pedagógica”, pontuou Borba. Com 23 “sim” na análise em primeiro turno, o projeto de lei também retornará à pauta para a segunda votação pelo plenário.

Shein vai abrir loja física em Curitiba: brindes, descontos e peças a partir de R$ 21,99
Moda e lifestyle

Shein vai abrir loja física em Curitiba: brindes, descontos e peças a partir de R$ 21,99

Fundador de gigante dos cosméticos de Curitiba está na lista de bilionários da Forbes
10 mais ricos do Brasil

Fundador de gigante dos cosméticos de Curitiba está na lista de bilionários da Forbes

Lote no Pilarzinho a partir de R$ 17 mil? Terreno tem permissão para venda em Curitiba
Mini terreno!

Lote no Pilarzinho a partir de R$ 17 mil? Terreno tem permissão para venda em Curitiba

Whatsapp da Tribuna do Paraná
RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.