CPI dos Sanguessugas fecha acordo de investigação com Polícia Federal

A CPI dos Sanguessugas fechou acordo com a Polícia Federal para compartilhar provas e fechar o cerco sobre os parlamentares envolvidos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do orçamento da União. A CPI quer esclarecer como 11 deles receberam subornos e ver se pode incluí-los ou não no rol de acusados. Os dados obtidos serão anexados às pastas que a comissão abriu para cada parlamentar investigado.

Cinco membros da CPI acertaram as bases do acordo com o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, e os seis delegados que integram a força-tarefa criada pela instituição para investigar o esquema, no inquérito determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Integraram a delegação o vice-presidente da CPI, Raul Jungmann (PPS-PE) e os subrelatores Carlos Sampaio (PSDB-SP), Fernando Gabeira (PV-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG) e José Carlos Aleluia (PFL-BA).

A PF, segundo relato de Sampaio, comprometeu-se a enviar os trechos dos diálogos interceptados que ajudem a esclarecer o envolvimento de cada parlamentar com a máfia das ambulâncias. "É preciso tirar todas as dúvidas e ver de que forma cada um recebeu os pagamentos, se em dinheiro, cheque ou por terceiro e também como eles interagiam com a quadrilha", explicou.

A investigação do Congresso também pretende dimensionar o grau de responsabilidade, por ato ou omissão, de dois ex-ministros da Saúde, Humberto Costa e Saraiva Felipe, citados nas investigações. Foi Felipe quem contratou como assessora Maria da Penha, principal operadora da quadrilha dentro do Ministério.

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