Chinaglia nega crise e pede diálogo ‘sereno’ com STF

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje que qualquer deputado poderá convidar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, para comparecer à Câmara e comparar o salário dos ministros do Supremo com o dos parlamentares. Ontem, em aula inaugural em uma faculdade de São Paulo, Mello disse que trocava o seu salário por o de um parlamentar, em razão das vantagens garantidas ao Legislativo. Chinaglia disse que não vai responder a Mello e quer se relacionar com o Supremo Tribunal Federal da "melhor maneira" e com diálogo "permanente e sereno".

"Os salários do ministro do Supremo, do deputado e do senador são públicos. Eu não vou responder a quem quer que seja. Aqui eu estou para agir. Cada deputado pode convidar aqui na Câmara e fazer o desejo do ministro, que teria feito um desafio. Mas não é para mim", disse.

Chinaglia negou que as declarações de Mello tenham gerado uma crise entre o Legislativo e o Judiciário. "Não vejo como. É opinião de um ministro, que vou respeitar, como defendo a opinião de qualquer ministro. Posso discordar de tons, de formas. Mas isso é irrelevante. Não tem por que ter crise", disse.

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