Campanha de candidato tucano trabalha com cenário de segundo turno

A campanha do candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, mudou radicalmente de ânimo nos últimos dias e já trabalha com cenários para o segundo turno dessas eleições. O fato que motivou a virada no humor dos correligionários partiu do maior adversário, o Partido dos Trabalhadores, que se viu envolvido no escândalo de compra do suposto dossiê que vincularia os tucanos Alckmin e José Serra, que disputa o governo de São Paulo, com a máfia das sanguessugas. "A militância acordou e os correligionários estão com ânimo renovado nas ruas, tanto que a estratégia do segundo turno já está sendo delineada", informa uma fonte com trânsito ao alto comando da campanha.

De acordo com essa fonte, uma das discussões em curso é a respeito dos "comandantes" da campanha do eventual segundo turno. Segundo sua avaliação, será uma campanha totalmente nova, com um cenário de verdadeira guerra e troca de acusações, por isso, nomes de peso como o de José Serra e o do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que deve ser reeleito em primeiro turno, estão sendo considerados peças fundamentais no comando tucano em eventual segundo turno. Além dos dois nomes, outros, como o do presidente nacional da legenda, senador Tasso Jereissati, também estão em pauta.

O PFL também pretende colocar os caciques da legenda para cumprir essa missão, com nomes que já estão com forte atuação na campanha de Alckmin, como o do senador baiano Antônio Carlos Magalhães (ACM). Caso as expectativas de tucanos e pefelistas com relação ao segundo turno se confirmem, a aposta é que Alckmin terá grande possibilidade de chegar ao Palácio do Planalto, pois o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em crise e as conseqüências do escândalo do suposto dossiê Vedoin continuará na pauta da mídia.

Além das discussões quanto aos principais nomes que devem compor o comando de campanha do eventual segundo turno dessas eleições, tucanos e pefelistas também são unânimes na avaliação de que melhorou o desempenho do candidato Alckmin nessa reta final de campanha do primeiro turno. "Ele está aprendendo a bater melhor e a ter uma posição mais firme e segura", diz um antigo crítico do comportamento comedido que o tucano manteve até a eclosão do escândalo do dossiê. Os recentes programas eleitorais do candidato, com críticas mais contundentes a Lula, também uniram aqueles que criticavam, nos bastidores, a equipe de marketing do candidato. "Com a Operação Tabajara, o PT conseguiu o que os apoiadores de Alckmin não haviam conseguido fazer até o momento, a unidade de campanha", destaca uma liderança tucana.

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