O pecuarista Jamil Name, um dos maiores proprietários de casas de bingo em Mato Grosso do Sul, afirmou que Nilton César Servo, suposto chefe da máfia dos caça-níqueis, "é amigo do presidente Lula". Segundo Name, "Cervo dizia para todo mundo que tinha o beneplácito do presidente Lula, e se gabava muito dessa condição".
Jamil Name foi intimado a depor hoje pela manhã sobre a participação dele como membro de um dos cinco grupos de "empresários" que comandam a máfia dos caça-níqueis em São Paulo Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. O filho dele, Jamil Name Filho, foi preso na segunda-feira quando a Operação Xeque-Mate foi desencadeada. Explicou que o filho foi preso com base em escuta feita por meio de grampo. "Em uma das escutas, meu filho estava cobrando duas dívidas do ex-deputado federal Gandi Jamil George, uma de R$ 15 mil e outra de R$ 60 mil.
Jamil Name confessou que inclusive já ajudou Nilton Servo com aquisições de máquinas de caça-níqueis, colocando à disposição de Servo uma dessa máquinas adquiridas em São Paulo. Name defendeu as casas de bingo, afirmando que "o bingo é legal, muito prazeroso, uma higiene mental".