Reforma Agrária trará brasiguaios ao Paraná

São Paulo

– Lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) avaliam que a volta dos brasiguaios, como são chamados os brasileiros que vivem no lado paraguaio da fronteira entre os dois países, vai crescer nos próximos meses por causa do anúncio feito pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, de que áreas de fronteira terão prioridade para assentamentos da reforma agrária.

O anúncio foi feito na semana passada pelo ministro. Para os sem-terra, a proposta põe no foco as grandes áreas devolutas, pertencentes à União, ainda desocupadas nas regiões de fronteira dos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. “Nestes dois Estados há áreas devolutas privilegiadas, com imenso potencial agrícola, na região de fronteira”, afirma Egídio Brunetto da coordenação estadual do MST no Mato Grosso do Sul. Para Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST, esta terras devolutas atraem não só a atenção dos sem-terra já acampados nos dois Estados mas também dos brasiguaios. “A situação da grande maioria dos brasiguaios pobres é muito difícil e se agrava a cada ano, com o aprofundamento da crise no Paraguai”, avalia Mauro. De acordo com avaliações do MST, existem cerca de 500 mil brasiguaios vivendo nas áreas paraguaias de fronteira. “A maior parte deles em situação de miséria extrema”, lembra ele.

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