Natal
– Oitenta e oito detentos da penitenciária estadual de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal, estão rebelados desde a tarde de quarta-feira e mantêm 22 reféns – 21 mulheres de presos e um agente penitenciário. Eles reivindicam o retorno de dez criminosos transferidos para presídios do Ceará e Paraíba, afastamento do vice-diretor, revisão judicial de alguns processos e garantia de que não haverá retaliação.O motim é liderado pelo assaltante de bancos Carlos Alberto Valença da Silva, o “Beto Ceará”, condenado a 109 anos de detenção. Os detentos têm pelo menos uma pistola e um revólver calibre 38. Para pressionar pela libertação dos reféns, a direção da unidade cortou o fornecimento de água e energia elétrica para o pavilhão 1, onde estão os amotinados.
Douglas Casacchi Júnior, diretor da unidade, tentou negociar com os rebelados, rebelados, mas não houve acordo. As negociações foram suspensas às 18h e serão retomadas na manhã dehoje.
Reféns
Os rebelados tomaram como reféns os agentes penitenciários Marcos Vinícius Gomes de Souza, de 32 anos, e José Antônio Filho, 28, além de 27 mulheres e namoradas de presos, duas delas grávidas. Elas são parte de um grupo de cem, que fazia visita íntima na quarta-feira à tarde. Cinco mulheres foram libertadas no fim da tarde de quarta-feira. O agente Marcos Vinícius e uma mulher, que usa medicamentos controlados, foram libertados. Os presos chegaram a exigir a presença de várias autoridades, entre elas a governadora Wilma de Faria (PSB), reivindicação rejeitada pelas autoridades.