O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu marcar sua participação na Cúpula do G-8, na sexta-feira, com a proposta de criação de um mecanismo de compensação aos países em desenvolvimento pela redução do desmatamento em seus territórios. Lula agregará essa nova pauta aos discursos em favor da disseminação dos biocombustíveis e da conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), como informou ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
A proposta do novo mecanismo ambiental foi testada pelo Brasil durante a Conferência das Partes sobre o Clima (COP 12) em Nairóbi, Quênia, em novembro de 2006. Prevê, originalmente, a criação de um fundo para estimular ações de combate a desmatamentos e a queimadas no mundo em desenvolvimento. O Brasil e outros países médios seriam beneficiados com parcerias em projetos específicos. Os mais pobres, com a injeção direta de recursos.
O G-8 – grupo das sete economias mais desenvolvidas somado à Rússia – começa amanhã, em Heiligendamm, na Alemanha, o encontro anual de seus chefes de Estado, que terá a mudança climática como tema principal. Na sexta-feira, serão agregados ao grupo os líderes de cinco países emergentes (África do Sul, Brasil, China Índia e México) e de países africanos especialmente convidados.