ONU pede que Brasil leve mais militares para o Haiti

Brasília – Os comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, estão no Haiti desde a tarde de ontem avaliando o desempenho brasileiro na Missão das Nações Unidas na Estabilização do Haiti (Minustah). Eles negociam com o representante da ONU no país, o guatemalteco Edmond Mulet, o aumento do efetivo militar do Brasil no país caribenho.

As Nações Unidas pedem que o Brasil eleve seu atual efetivo em 100 homens – 80 na Companhia de Engenharia e mais 20 fuzileiros navais. Atualmente, o Brasil possui o maior contingente na Minustah, 1.200 militares, sendo cerca de 1.000 do Batalhão Brasileiro e 200 da Engenharia. A solicitação é para que o acréscimo seja realizado já no sétimo contingente brasileiro – a Força Pampa, proveniente em sua maioria do Rio Grande do Sul e com homens da engenharia do Mato Grosso do Sul, que começa a chegar ao Haiti no final de maio – e decorre da ?pacificação? das regiões mais violentas do país e a mudança de rumos da Minustah.

A ONU quer, segundo Mulet, que a missão tenha uma nova cara a partir de agora, deixe de ser ?peace-enforcement? (imposição da paz) para ser ?peacebuilding? (construção da paz). A importância dos militares da engenharia decorre da necessidade do Haiti em infra-estrutura básica, como a abertura de poços de água, construção de saneamento básico, recolhimento de lixo, asfaltamento de vias e energia elétrica. ?O que queremos são menos armas e mais tratores e motores botando o país para andar. A segurança foi conseguida, mas ainda não há estabilidade. Contudo, o que precisamos agora é construir o Estado e atrair investimentos?, disse Mulet.

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