Nilton Servo deve encabeçar lista de prisões preventivas

Uma lista de 15 ou 20 nomes de pessoas presas durante a Operação Xeque-Mate estará pronta até a primeira parte do dia de amanhã com os respectivos pedidos de prisão preventiva. No final da tarde desta terça-feira (12), a Polícia Federal informou que o trabalho de fechamento dos inquéritos está praticamente concluído, reforçando a possibilidade de não haver solicitação de prazo para entrega desses documentos ao Ministério Público Federal, responsável pelas denúncias dos acusados. A relação, deverá ser encabeçada por Nilton Cezar Servo, Jamil Name Filho e Dario Morelli Filho, baseado na declaração do coordenador da operação, delegado Alexandre Custódio, de que os três são peças fundamentais em todo o processo e não devem escapar da prisão preventiva.

Os três foram presos no início da Operação Xeque-Mate e já cumpriram os dois períodos, de cinco dias cada, da prisão temporária. No caso de aceitação da prisão preventiva para 20 dos acusados, os demais 47 presos serão liberados amanhã mesmo.

A aceitação ou não da lista depende do juiz federal da 5ª Vara, Dalton Igor Kita Conrado, que poderá inclusive ampliar o número dos relacionados pela Polícia Federal. No vencimento do primeiro prazo da prisão provisória, a solicitação da PF foi de 50 acusado que permaneceriam presos. Entretanto, houve análise dos casos juntamente com o ministério público e pulou de 50 para 67 o número de não liberados das 80 prisões realizadas pela operação desde o dia 4, quando foi desencadeada.

Na análise dos delegados que interrogaram os envolvidos na chamada máfia dos caça níqueis, Nilton Cezar Servo é considerado o centro dos tentáculos ligando os acusados, entre eles o compadre e o irmão do presidente Lula, Dario Morelli Filho e Genival Inácio da Silva, o Vavá, respectivamente. Já o filho de Servo, Nilton Cezar Filho, possui fortes ligações com o ex-deputado estadual e ex-deputado federal do MS Gandi Jamil Georges.

Gandi, que é um dos acusados na Operação Xeque-Mate e tido como foragido, é irmão de Fahad Jamil Georges, empresário de Ponta Porã na fronteira Brasil-Paraguai e um dos sócios proprietários do Cassino Amambay, situado em Pedro Juan Caballero, do lado paraguaio, local freqüentado pelos "chefões" dos jogos proibidos e seus chamados "gerentes".

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