Mulheres prefeitas são minoria

Rio – Embora mais da metade da população brasileira seja formada por mulheres, os mais de 5.000 municípios do País são em sua maioria comandados por homens, com uma média de 48,7 anos de idade e alta escolaridade. Apenas 6,0 por cento das prefeituras são chefiadas por mulheres, segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As prefeitas estão concentradas nos Estados da Região Norte, incluindo Roraima, Rondônia, Pará e Tocantins, da Região Nordeste, exceto Bahia, e Goiás, contrastando com a Região Sudeste.

“Isso contraria a hipótese de que nas áreas mais desenvolvidas socioeconomicamente existiria maior incidência de mulheres em cargos do executivo local??, diz a pesquisa, a segunda do gênero feita pelo instituto. O levantamento de dados municipais de 2001 tomou por base os 5.560 municípios em todo País. A primeira pesquisa ocorreu em 1999.

Segundo o IBGE, 40 por cento dos prefeitos têm curso superior completo, enquanto 7,0 por cento têm o curso superior incompleto. As mulheres que chegaram ao posto de prefeito apresentam uma escolarização bem maior que a dos homens. Enquanto 56 por cento das prefeitas têm o curso superior completo ou não, o percentual cai para 46,3 por cento no caso masculino.

Apesar do alto índice de prefeitos que concluíram uma universidade, 745 (13,4%) nem sequer completaram o primeiro grau e 25 (0,4%) nunca freqüentaram a escola, mostra a pesquisa do IBGE com 5.560 prefeitos. Na primeira eleição municipal que permitiu a reeleição dos prefeitos em 2000, 41 por cento dos prefeitos foram reconduzidos ao cargo. Os prefeitos sem instrução e com o 1.º grau incompleto foram relativamente os mais reeleitos, representando 60 por cento e 45 por cento, respectivamente do total.

Segundo o IBGE, o maior número de mulheres nas prefeituras nordestinas está relacionado ao poder exercido pelo marido. Elas são casadas com ex-prefeitos ou fazem parte de famílias com poder político local.

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