MP quer tirar juiz que negou tese de chacina

São Paulo (ABr) – O Ministério Público entrou ontem com mandado de segurança e pedido de afastamento do juiz do 1.º Tribunal de Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini, que rejeitou o pedido de prisão preventiva de cinco policiais militares e um segurança particular. Eles são acusados pelos ataques a 13 moradores de rua, na região central da capital paulista, em agosto de 2004. Sete moradores de rua morreram e oito ficaram gravemente feridos nos ataques. O Ministério Público apresentou a denúncia no último dia 31 para que fosse aberto o processo contra os acusados, mas a Justiça recusou o processo por falta de provas. O Ministério Público informou que irá recorrer da decisão.

De acordo com o promotor, o juiz Chequini alegou falta de provas e não quis assistir aos videoteipes gravados pela promotoria com depoimentos de testemunhas que reconheciam os criminosos e descreviam a maneira como os ataques foram executados. "Isso não tem cabimento porque há testemunhas que reconheceram as pessoas e assistiram aos ataques. Essas testemunhas estão, inclusive, sob proteção. Além disso, a imprensa soube da rejeição antes do Ministério Público. Por isso, queremos o afastamento desse juiz do caso", disse o promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes. A expectativa do promotor é de que haja resposta para o recurso ainda esta semana. 

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