O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o governo está fazendo todo esforço para votar "provavelmente na quarta-feira" a proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "muito preocupado" com a votação, torce para que a CPMF seja aprovada, mas sabe que se trata de uma decisão interna do Senado.
Embora Jucá não tenha sido afirmativo quanto a votação da emenda da CPMF na quarta, ele afirmou que não considera a hipótese de adiamento do exame da matéria para 2008, como defendem inclusive setores do governo, diante do risco de derrota. "Não podemos iniciar o ano com uma indefinição de receita e sem ter dinheiro para a saúde", afirmou Jucá, em defesa da votação já que, segundo ele, foi adiada apenas em função do afastamento dos senadores Flávio Arns (PT-PR) e Roseana Sarney (PMDB-MA), ambos hospitalizados.
Diante da dificuldade de reunir os 49 votos necessários para aprovar a proposta, o governo está tentando um "acordo institucional" com o PSDB. A idéia do acordo, reabrindo as negociações com o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra (PE), é uma tentativa de virar o voto dos 13 senadores tucanos, que fecharam contra a CPMF. Jucá afirma, no entanto, que essa tentativa de entendimento não avançou e que o governo não apresentará nenhuma contraproposta.