Jobim discorda que crise aérea já tenha acabado

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou neste sábado (08) não concordar com a tese de que a crise aérea já foi solucionada, defendida por diretores da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). Na opinião do ministro, o governo conseguiu avançar na questão da segurança aérea, mas ainda precisa resolver problemas de atrasos de vôos e fomentar a descentralização da malha. "Há ainda uma série de problemas que serão resolvidos pela nova Anac", apontou Jobim, referindo-se às mudanças na direção do órgão regulador.

Em rápida entrevista após participar de parada naval em homenagem ao bicentenário do Almirante Tamandaré, no Rio, o ministro defendeu proposta para diferenciar as taxas aeroportuárias em favor de aeroportos ociosos. Citando como o exemplo o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), ele explicou que a idéia é reduzir taxas de alguns aeroportos para atrair as companhias aéreas. "A solução para o setor aéreo passa pela desconcentração das malhas", afirmou.

Nesse sentido, o ministro diz que é preciso implementar medidas de incentivo à aviação regional. Por isso, Jobim disse aprovar a decisão da Anac de limitar o uso do Aeroporto de Congonhas para vôos com distância de até mil quilômetros. "Isso abre espaço para companhias regionais." Ele disse que os estudos para a construção de um terceiro aeroporto em São Paulo ainda não foram concluídos, mas destacou que a principal questão a ser enfrentada no curto prazo com relação à capital paulista é a conexão entre Guarulhos e o centro da cidade. Jobim não quis adiantar detalhes sobre as mudanças na direção da Anac após a saída dos diretores Denise Abreu, Jorge Velozo e Leur Lomanto, limitando-se a dizer que há dois nomes em estudo pelo governo.

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