Inquérito pedirá indiciamento de seis controladores de vôo

O Inquérito Policial Militar (IPM) sobre a paralisação dos operadores de vôo, no dia 30 de março, deverá pedir o indiciamento de seis sargentos controladores por crime de motim. O IPM foi enviado ontem à noite para a 11ª Auditoria Militar, que funciona no Superior Tribunal Militar. A auditoria vai enviar agora o IPM para o Ministério Público Militar, que irá sortear um procurador e dois promotores para apreciar o caso. O procurador e os promotores poderão incluir e/ou excluir controladores do processo. Ou seja: mais do que seis operadores de vôo poderão ser indiciados por crime de motim.

Depois da análise do procurador e dos promotores do Ministério Público Militar, o caso volta para a 11ª auditoria, que será encarregada de instaurar processo criminal contra os controladores de vôo. Se forem condenados pelo crime de motim, os controladores terão de cumprir pena de prisão de oito anos e serão automaticamente expulsos da Força Aérea Brasileira. Pela legislação militar, quem é condenado a mais de dois anos de prisão é automaticamente expulso da Força.

O presidente da Associação Brasileira de Controladores do Tráfego Aéreo (ABCTA), sargento Wellington Rodrigues, deve ser um dos seis militares indiciados no IPM por crime de motim. Fontes da Aeronáutica informaram ainda que Wellington Rodrigues começa cumprir pena de prisão de 10 dias, a partir desta sexta-feira, por ter dado entrevistas criticando o sistema de controle de tráfego aéreo brasileiro.

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