O CFM (Conselho Federal de Medicina) e o CRM (Conselho Regional de Medicina) do Rio Grande do Norte pediram hoje ao Ministério da Saúde que o governo faça uma intervenção federal e assuma a gestão da saúde no Estado.
Segundo as entidades, os conselheiros encontraram uma situação caótica na saúde pública do Rio Grande do Norte, com falta de medicamento, lixo espalhado pelo chão, pacientes em macas pelos corredores. Segundo nota do CFM, um paciente foi encontrado com larvas na boca.
Esse cenário foi levado ao conhecimento da OEA (Organização dos Estados Americanos), de acordo com o conselho.
Em nota publicada no site da secretaria estadual de Saúde do Rio Grande do Norte, a pasta destaca que a representante do Ministério da Saúde, numa reunião realizada hoje, descartou a hipótese da intervenção.
Segundo a reportagem apurou, essa foi a mesma posição dada pelo ministério aos conselheiros, que oficializaram nesta quarta o pedido.
O governo estadual é contrário à intervenção, e afirma ter adotado as medidas necessária para contornar o cenário atual. Desde o início do ano, o governo local enfrenta problemas de falta de leitos e medicamentos, situação que levou o Estado a decretar calamidade pública nos hospitais.