Deputado entra ganhando R$ 29 mil

Brasília – Os deputados federais que tomam posse amanhã, além do novo salário, que passou de R$ 8.000 para R$ 12.720, tiveram mais um aumento substancial ontem. A Mesa Diretora da Câmara reajustou em 71,42 por cento as verbas destinadas aos parlamentares para o pagamento de despesas em seus estados de origem, a chamada “verba indenizatória”. Cada deputado tinha direito a R$ 7.000 mensais para arcar com os gastos como o aluguel de um escritório comercial em sua cidade, e agora passará a ganhar quase o dobro: R$ 12.000.

Outra boa notícias para os deputados: A mesa diretora também aumentou de R$ 3.876 para R$ 4.282 a verba para gastos com serviços postais e contas telefônicas. Em relação às passagens aéreas, a cota de cinco passagens de ida e volta para cada deputado foi mantida. O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, acusado de desvio de dinheiro público em Minas Gerais e que corre o risco de perder o cargo, esteve na Câmara dos Deputados para tratar de assuntos relativos ao apartamento funcional em que vai morar a partir da próxima semana, uma vez que foi eleito deputado e assumirá o cargo em 1º de fevereiro.

Talvez prevendo seu afastamento do governo, Adauto informou que, como deputado federal, fez opção para morar em um apartamento funcional da Câmara, além de receber a remuneração do cargo e não a de ministro de Estado. Ainda assim, o ministro disse que está tranqüilo no Ministério, trabalhando normalmente. A proposta de elevação dos ganhos dos deputados foi feita pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora, deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE), e começa a valer a partir do dia 1º de fevereiro. O PT era contra o aumento, superior a 70%, e propunha uma elevação para R$ 8,5 mil.

Em dezembro do ano passado, os deputados já tinham aprovado aumento salarial de R$ 8.000 para R$ 12.720, proposto também por Cavalcanti.

A mesa também aprovou a formação de uma comissão permanente de combate à fome.

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