CUT quer que governo libere R$ 13 bilhões para o Pronaf

Brasília – O presidente da Central Ùnica dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, pediu ontem, na manifestação que reuniu cerca de cinco mil trabalhadores rurais na Esplanada dos Ministérios, que o governo federal atenda as reivindicações dos agricultores, entre elas a liberação de R$ 13 bilhões para o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).

“Espero que as negociações deste ano evoluam, como tem acontecido nas últimas décadas. Em 1995, o Pronaf contava com apenas 200 milhões de reais. No ano passado, o governo se comprometeu em liberar 5,4 bilhões” afirmou Marinho, do alto de um caminhão de som posicionado em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo ele, o governo deve, além de aumentar os recursos do Pronaf, investir em financiamento e na compra antecipada de produtos colhidos pelos agricultores.

Em reunião, ontem à tarde, com trabalhadores rurais, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, disse que a resposta às reivindicações da categoria será apresentada pelo governo federal nos próximos dois dias. Cerca de cinco mil agricultores estão acampados na Esplanada dos Ministérios. Eles participam do 10.º Grito da Terra Brasil.

Uma das principais reivindicações do movimento é a liberação de R$ 13 bilhões para o Plano Safra 2004/2005. “Obviamente, temos limitações orçamentárias, mas continuamos no esforço que nos levou, no ano passado, a separar R$ 5,4 bilhões para a agricultura familiar. Cerca de R$ 4 bilhões já foram efetivamente liberados”, informou Rossetto.

Segundo o ministro, várias ações que beneficiam o trabalhador rural estão em andamento. Nesta semana, por exemplo, foi enviada ao Congresso uma proposta de suplementação orçamentária de R$ 430 milhões para a reforma agrária. “O governo está trabalhando de uma forma coordenada. Alguns pontos da pauta dos agricultores terão uma resposta objetiva e outros, pela própria natureza da reivindicação, farão parte da discussão.”

Enquanto isso, dois mil trabalhadores rurais de 16 municípios da Zona da Mata de Pernambuco, ocuparam a sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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