Beto Richa assume que vai à reeleição em Curitiba

Depois de passar os primeiros cinco meses do ano evitando falar em eleições, o prefeito Beto Richa (PSDB) lançou, ontem, sua candidatura à reeleição.

Com o apoio de cinco partidos, o PSDB confirmou o nome de Beto Richa como candidato à Prefeitura de Curitiba.

A homologação deve ocorrer somente no dia 28 de junho, durante a convenção tucana, mas o PSDB já aposta na vitória em primeiro turno.

O resultado das pesquisas eleitorais, que colocam Richa com mais de 60% das intenções de votos, e de aprovação popular que chega a quase 90%, são usados como principais motivadores da campanha.

O atual prefeito voltou a afirmar que a decisão de concorrer foi com base na opinião pública. ?Me sinto estimulado e por isso coloco meu nome na convenção?, falou. Durante o lançamento o presidente do PDT do Paraná, senador Osmar Dias confirmou o apoio do partido a Beto, afirmando que a escolha se deu pela excelente administração que vem fazendo à frente da Prefeitura. Também como forma de retribuir o apoio que recebeu na última eleição para o governo do Estado.

?O apoio foi tão importante que ganhamos à eleição em Curitiba em 2006?, disse. O senador comentou que isso independe do que vai acontecer em 2010. ?Isso não é uma barganha, é um apoio de forma espontânea?, falou Dias, que aproveitou para pedir a implantação de um projeto de educação em tempo integral nas periferias de Curitiba, que é uma bandeira defendida pela PDT.

Também confirmaram apoio a reeleição de Richa o PSB, PTdoB PRTB e PSDC. Ainda nesta semana os tucanos aguardam uma responda do apoio do PP, do DEM e do PPS. Segundo Beto Richa a possível coligação com os socialistas não deverá interferir na escolha do vice, já que o prefeito segue defendendo a chapa com Luciano Ducci (PSB), que marcou presença no evento de ontem.

No entanto, o nome do vice só será definido na convenção marcada para o dia 28. Apesar de as novas alianças poderem vir a compor a chapa, o presidente tucano, deputado Valdir Rossoni, garante que a decisão será de Beto.

O ex-ministro Euclides Scalco é quem irá coordenar a campanha do tucano, que acredita que enfrentará uma disputa rasteira. ?Aos que estão se mobilizando para uma campanha rasteira eu vou responder com propostas e ações, pois é isso que a população quer?, falou. Sobre uma possível candidatura ao governo do Estado em 2010, Richa despistou dizendo que está se candidatando a um mandato de quatro anos.

?Não tenho obsessão por ocupar títulos ou cargos, e quero respeitar a decisão da população?, ponderou. Além de Osmar Dias, acompanharam o lançamento do nome de Beto Richa o também senador Alvaro Dias, os deputados federais Afonso Camargo e Gustavo Fruet, além de deputados estaduais e vereadores de Curitiba.

Quem será o vice?

Elizabete Castro

O prefeito Beto Richa e o presidente do diretório regional do PSDB, deputado estadual Valdir Rossoni, vão hoje a Brasília, para com a ajuda da direção nacional DOS tucanos, articular a entrada do DEM e do PPS na aliança da reeleição à prefeitura de Curitiba.

O PPS já deu sinal de que poderá abrir mão da candidatura própria para apoiar Beto. Mas o DEM estaria exigindo a vaga de candidato a vice-prefeito para retirar a candidatura própria. Uma posição que já está ocupada pelo PSB, em que o atual vice-prefeito Luciano Ducci pretende concorrer novamente.

Com o PPS, a conversa inicial mantida com o presidente estadual do partido, Rubens Bueno, e o presidente nacional da sigla, Roberto Freire, na última sexta-feira, 6, em Curitiba, correu bem. Bueno é pré-candidato a prefeito, mas disse que a política de alianças nacional é que definirá se fica na disputa.

Já o acordo com a direção do DEM é mais árdua.

O deputado estadual Osmar Bertoldi não demonstra a disposição de abdicar da candidatura a vice-prefeito. Bertoldi disse ontem que está amparado em decisão da direção nacional, que considera prioritário o lançamento de candidatos nas capitais e nas cidades que geram a propaganda eleitoral em rádio e televisão. Mas admite que também não irá contrariar a maioria do partido. Além do DEM e PPS, a direção tucana também está negociando o apoio do PP.

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