Polo ganha câmbio automatizado

A oferta de produtos que oferecem mais conforto ao consumidor vem aumentando nos últimos anos e o câmbio automático está entre os itens que mais crescem na preferência deles.

Se um carro com câmbio automático somar R$ 100,00 na prestação para o consumidor, ele paga.

E para atender esse consumidor e não ficar fora desse mercado promissor, foi que a Volkswagen resolveu automatizar o Pólo. Pisar na embreagem, engatar a primeira marcha, sair com o carro, pisar na embreagem de novo, por segunda… Parar.

Esse exercício repetitivo que faz parte da vida de milhares de brasileiros donos de carros com câmbio manual, e que enfrentam o trânsito caótico das grandes cidades todos os dias está chegando ao fim.

No visual, nenhuma novidade, exceto pelo emblema I-Motion – sigla em inglês para “Inteligence Motion”, ou Mobilidade Inteligente, em português – fixado à tampa traseira. A versão automatizada do Polo está disponível nas configurações “hatchback” e sedã e em duas versões de acabamento para cada tipo de carroceria.

O Jornal do Automóvel avaliou o comportamento da versão Sportline entre Curitiba e Matinhos no litoral paranaense, num trecho de aproximadamente de 250 quilômetros, com subida e descida de serra.

O câmbio automatizado da VW nada mais é que uma caixa manual de cinco marchas convencional, em que o comando foi substituído por um conjunto de atuadores eletro-hidráulicos, gerenciado por uma central eletrônica, batizada com a sigla ASG (Automated Sequential Gearbox), e que dispensa o pedal da embreagem.

Ele equipa a caixa MQ-200, produzida na fábrica da montadora de Córdoba, na Argentina, e utilizada pelo Polo.

Para afinar o conjunto, as relações da segunda, terceira e quarta marchas foram alteradas para diminuir os famosos trancos, comuns em veículos equipados com este tipo de alavanca.

O motor 1.6, por sua vez, não sofreu qualquer alteração para receber o novo câmbio. Continua com os mesmos 104 cv (a 5.250 rpm) e 15,6 kgfm de torque (a 2.500 giros), com álcool, do Polo manual.

Optamos pelo modo automático de condução, e aos 2.500 giros leve tranco avisou que ocorreu a primeira troca de marcha. As trocas seguintes seguem a mesma toada. Em regime de giro alto, o movimento é atenuado e lembra o de um carro com câmbio manual.

Sua suspensão trabalha bem e consegue absorver as irregularidades do solo. Ao atingir 70 km/h, o Polo I-Motion engata a quinta marcha, favorecendo a economia de combustível.

Em aclives, entra em ação o “kick-down”, função típica de câmbios automáticos, e eleva a aceleração evitando a perda de potência. O Polo I-Motion é agradável de dirigir e mostrou-se seguro durante a avaliação. E o motorista se acostuma com facilidade com o câmbio automatizado. (BN)

Ficha técnica

Motor: Dianteiro, transversal, VHT, 4 cilindros, 8V, com injeção eletrônica multiponto, bicombustível
Cilindrada: 1.598 cm³
Potência: 101 cv (G) e 104 cv (A) a 5.250 rpm
Torque: 15,4 kgfm (G) e 15,6 kgfm (A) a 2.500 rpm
Câmbio: ASG, automatizado, de 5 marchas e acionamento eletro-hidráulico
Compr.: 3.91 m
Largura: 1.65 m
Altura: 1.50 m
Entre-eixo: 2.46 m
Porta-malas: 250 litros
Suspensão: Independente, tipo McPherson, com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora, na dianteira; independente, com braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores pressurizados, na traseira
Freios: A disco ventilado, na dianteira, e a tambor, na traseira, com ABS
Tanque: 50 litros
Preço: R$ 50.465,00

Voltar ao topo