Aumento de preços é passageiro, dizem especialistas do BC

A elevação da inflação no curto prazo foi determinada, em grande parte, pelo reajuste dos preços dos combustíveis, em setembro, cujos efeitos ainda não se esgotaram, avaliam especialistas do Banco Central. Segundo eles, essa pressão é de natureza transitória e vai se reduzir, de modo a não contaminar a inflação em horizontes mais longos.

A avaliação do Comitê de Política Monetário (Copom) do Banco Central foi divulgada hoje (1) na ata de sua última reunião, ocorrida na semana passada. A meta do comitê é manter a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano em 5,1%.

Da mesma forma que antevê melhora no comportamento de preços do mercado, a ata do Copom não identifica maiores impactos com relação aos preços administrados por contratos ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, educação, medicamentos, transporte público e outros).

Em comparação com as projeções divulgadas na reunião anterior, em outubro, o BC estima pequena elevação, de 7,5% para 7,6%, no reajuste acumulado dos preços dos combustíveis no ano, ao passo que a estimativa dos preços do botijão de gás de cozinha foram aumentadas de -1,2% para -0,9%.

As tarifas de energia elétrica residencial passam de 7,6% para 7,8%, enquanto os reajustes de telefonia fixa permanecem com projeção de 6,7%. Movimentos suficientes para elevar a expectativa de aumento acumulado dos preços administrados para 8,2% neste ano. Preços que têm peso de 30,1% na composição do IPCA.

Em compensação, a projeção do Copom dos preços administrados para 2006 caiu de 5,1% para 4,9%.

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