Audiência pública em Curitiba discute tratamento dado a presos

A metodologia do procedimento da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) foi o tema de uma audiência pública realizada ontem no plenarinho da Assembléia Legislativa.

O método da Apac, que surgiu no Presídio de Humaitá, em São José dos Campos (SP), no ano de 1972, consiste, segundo o assessor da entidade no Paraná, Gilson Feitosa, em tratar com dignidade e respeito os detentos. ?O processo utilizado pela Apac demonstra que o preso pode se devolvido à sociedade. Temos um índice de recuperação de aproximadamente 92%, enquanto nos presídios comuns esse percentual fica entre 25 a 30%. Tudo isso funciona porque o presidiário é tratado como um ser humano?, revelou.

Feitosa disse também que o processo tem outras vantagens. ?Além de devolver a pessoa para a sociedade como um cidadão de bem, o custo de manter um preso na Apac é bem menor se comparado com a maneira tradicional. Por exemplo, enquanto gastamos em média um salário mínimo e meio para manter o detento, hoje o governo gasta quatro salários mínimos pelos meios convencionais?. Ele contou ainda que os centros de reintegração da Apac custam três vezes menos do que um presídio.

A Apac funciona com a ajuda de voluntários que são os responsáveis pela segurança e manutenção do local. Dentro dela, o detento passa por três estágios até chegar a liberdade plena. Durante todo o período, eles recebem assistência jurídica, psicológica, médica e odontológica, além de trabalharem o lado religioso, aprendem um ofício, dentre outras coisas.

As Apacs estão espalhadas pelo Brasil e outros países, como Estados Unidos, Inglaterra, Nova Zelândia, entre outros. No Paraná, a primeira unidade da Apac está em Pato Branco, mas ainda não está funcionando. 

Voltar ao topo