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Zezé Di Camargo & Luciano falam de romantismo, serem referência e novos projetos

Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.

“É o amor, que mexe com a minha cabeça e me deixa assim”. Impossível não ler essa frase sem contar uma das músicas mais conhecidas do sertanejo e, quiçá, da nossa música brasileira, não? Pois então, a música de Zezé Di Camargo & Luciano reflete não só o hit que se tornou como também o fato de que os irmãos, conhecidos também como ‘dois filhos de Francisco’, ficaram conhecidos por serem um dos nomes mais românticos do nosso país. E eles não se incomodam com este título não.

“Eu acho que nós fizemos nossa carreira baseada em músicas românticas. Quando você começa uma história com seu primeiro sucesso se chamando É o Amor, já diz tudo, né? Mas o amor, na verdade, abrange todo tipo de amor: de casal, de filho com o pai, com amigo, amiga. Mas nossa carreira é muito galgada em músicas românticas mesmo, não tem como negar”, comentou Zezé em entrevista à Tribuna do Paraná, que esteve num show da dupla em São Paulo, no Unimed Hall.

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O fato de a dupla ser um dos nomes mais românticos da música brasileira acabou virando nome de turnê. Com o show Romântico Demais, os irmãos já rodaram o país e até passaram por Curitiba. “O nome dessa turnê surgiu de uma conversa do Zezé com nossa assessora, Arleyde, depois que nós analisamos nossas músicas e percebemos que somos muito românticos mesmo. Ela sugeriu o nome”.

Apesar de ter um repertório todo focado num jeito de falar de amor, Luciano afirma que ser romântico está na essência dos irmãos e vai um pouco além da música. “Parando para pensar, eu mesmo sou muito romântico, ao extremo, eu vivo para ser romântico com a minha mulher, mas não acho que somos mais românticos que outros, você vê a história de José Augusto, Roberto Carlos, Chitãozinho e Xororó. Acho que o brasileiro, de modo geral, é muito romântico. E a gente se identifica muito com essa turma que fala de amor”, comentou.

Nessa pegada de “romântico demais”, Luciano ainda comentou com a reportagem sobre o quanto sua esposa, Flávia Camargo, mudou sua vida. “Mudou tudo. Tudo. A música que eu canto para ela diz exatamente a nossa história. Ela mudou a minha maneira de enxergar a vida, o mundo. Poderia até saber o que era amor, mas não sentia o que era o amor. Não posso dizer apenas uma coisa. Mudou meu sorriso, tudo”.

Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.

Referências musicais

Ao longo destes quase 30 anos de carreira, Zezé Di Camargo & Luciano se tornaram grandes referências para seus fãs, principalmente pelo fato de se manterem fieis à essência que construíram desde o começo. E podemos dizer que foi essa mesma essência que fez com que a dupla virasse também referência para novos nomes da música, como Luan Santana, por exemplo. “A gente acha bom pra caramba, mas fica preocupado. É uma responsabilidade de servir de exemplo para as pessoas”, brincou Zezé.

Apesar da brincadeira, Zezé completou dizendo que já percebeu que, ao longo dos anos, a dupla se tornou exemplo não só musicalmente, mas ultrapassou essa barreira, principalmente para Luan, por exemplo. “Passa até a ser uma coisa da vida pessoa. Esses dias Luan me ligou e perguntou se eu tinha um apartamento em tal lugar e eu disse que sim, ele disse: ‘acho que nós vamos ser vizinhos de novo’, porque ele já mora no mesmo condomínio que eu. Fico muito feliz, principalmente quando vem de um artista jovem com o potencial que tem o Luan, acho que ele é o artista mais completo do Brasil. Canta muito”.

Zezé Di Camargo comentou que ver Luan homenageando a dupla nos palcos [o cantor tem interpretado uma música dos sertanejos em seu novo show] é muito mais do que uma homenagem. “A performance no palco é impressionante, o nível dele. A estrutura, a postura, é de artista internacional. Megashow, mega tudo. Liguei para ele esses dias falando da música nova Água com Açúcar, que me impressionou demais o vídeo que foi tirado do DVD de Salvador. Fico feliz em saber que um artista do tamanho dele hoje tem a gente como referência. E outros mais, Gusttavo Lima, a mesma coisa”.

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Para o pai de Wanessa Camargo, que voltou com projeto novo, o artista ter outro como referência é natural e acontece muito mais do que a gente imagina. “Extremamente natural mesmo. Quando comecei a cantar eu tinha minhas referências não porque eu queria imitá-los, mas porque eu gostava de ouvir. É natural, a gente não faz mais do que a obrigação da gente em ser referência para as pessoas que começaram depois de nós”, concluiu Zezé.

Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.

Luciano foi um pouco além e mostrou o quanto a dupla se renovou com o tempo. “Sabe o que é engraçado? Ao mesmo tempo que somos referências, essa turma também é referência para a gente. Um exemplo é Belutti, que faz dupla com Marcos (que eu conheço desde pequeno), independente da amizade, tem um gostar, tem um respeito. A primeira vez que vi o Belutti cantando foi num CD, cantando sozinho. O produtor colocou enquanto estávamos gravando, ouvi algumas músicas e depois que acabou de mostrar eu fui para casa. Não quis mais continuar o que eu estava fazendo, não tinha como gravar depois de ouvir a voz dele”, brincou Luciano.

O cantor explicou que ver o que Marcos & Belutti se tornaram também lhe traz o mesmo sentimento que Zezé tem ao ver o que Luan conquistou. “Esses meninos que eu ouvia lá atrás se juntaram e se tornaram o que são hoje. São referências para nós também. Ser referência para alguém é uma responsabilidade grande, mas nos deixa muito mais felizes porque esses meninos que somos referências já se tornaram referências para a gente também. Além deles, Luan, Felipe Araújo, Gusttavo Lima. Assim como tenho os cantores que eu gosto, que são José Augusto e Fábio Junior, que me arrepio até hoje quando ouço”. Veja a entrevista completa:

Novos projetos

Atualmente, Zezé Di Camargo & Luciano continuam rodando o país com muitos shows todos os finais de semana, apresentações que se tornaram ainda mais intensas com a retomada do projeto Amigos. Mas Zezé adiantou à Tribuna do Paraná que os irmãos têm alguns projetos para tirar da gaveta, pelo menos quatro deles. “Tem uns dois anos que queremos lançar um DVD, temos uns quatro projetos diferentes na cabeça e íamos gravar nesse final de ano, mas com o Amigos nós tivemos que mudar um pouco a programação, deixando para ano que vem”.

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Zezé Di Camargo contou também que, nos próximos dias, a dupla deve se reunir para decidir o que fará no ano que vem. “Vamos definir qual vai ser o formato destas quatro opções: um projeto com músicas inéditas num palco gigante para um público grande, um acústico com lado b, um acústico com metade músicas inéditas e outra metade sucessos ou, ainda, um projeto que já foi abortado algumas vezes que é de fazer algo com a galera do pop rock, que eu gosto muito. Alguma coisa vai sair”, brincou ele.

Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.

Curitiba na jogada

Luciano contou que sempre quem escolhe os locais de gravação é Zezé, mas não descartou a possibilidade de que Curitiba acolha o novo projeto. “Sempre é ele quem escolhe. Mas Curitiba tem histórias maravilhosas com a gente, então não custa deixarmos essa sugestão no ar, né? Vai que dá certo”.

O cantor ainda contou uma curiosidade sobre Curitiba, uma história que ele ainda não tinha exposto na mídia, sobre um bastidor da época de um especial que foi gravado na capital paranaense, na Ópera de Arame. “Estávamos indo gravar o especial, entramos no avião, sentei na janela e dormi assim que o avião subiu. Acordei quando o piloto falou para voltar a poltrona na posição vertical, mas continuei dormindo e achei que tínhamos descido em Curitiba, mas na verdade não teve solo e o piloto teve que voltar a São Paulo. Quando desci do avião, o Zezé para sacanear falou ‘vamos para o hotel’, e eu falei ‘nossa, esse aeroporto é igualzinho ao de São Paulo’, e aí ele disse que não tinha dado teto. Dei muita risada porque eu fiquei realmente perdido”, brincou o cantor.

Por falar em Curitiba, Zezé Di Camargo deixou no ar uma informação interessante para os fãs da dupla e também de Chitãozinho & Xororó e de Leonardo, com o projeto Amigos: eles virão a capital paranaense. “Curitiba está programada para fazermos o Amigos, na Pedreira Paulo Leminski”, adiantou o cantor, sem deixar detalhes sobre datas. O que a Tribuna do Paraná apurou é que o show está em processo de acerto e, por isso, a data ainda não foi divulgada. Fique de olho que logo contaremos tudo!

Enquanto isso, veja mais algumas fotos do show que acompanhamos em São Paulo:

Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
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Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
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Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
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