24 anos

Rust in Peace, clássico do Megadeth, completa 24 anos

Existem álbuns que, quando uma pessoa deseja se interessar mais por um determinado estilo musical, são fundamentais para se conhecer a fundo o gênero. São discos que ajudaram a moldar e/ou consolidar de vez não só a carreira de uma banda/cantor (a) e ganham o status de “clássico”.

Um destes casos é o álbum Rust in Peace, da banda de thrash metal norte americanca Megadeth, que completa 24 anos no próximo dia 21. Embora a banda já havia produzido excelentes álbuns anteriores a este (em particular o Peace Sells…But Who’s Buying?), foi aqui que a banda, liderada pelo polêmico Dave Mustaine, criou a sua “obra-prima”. De quebra, foi o primeiro álbum de uma das melhores formações que a banda já teve e – por que não? – de todo o thrash metal.

Para muitos, Rust in Peace, assim como o Reign in Blood do Slayer, Master of Puppets do Metallica e o Among the Living do Anthrax, são considerados a “bíblia” do thrash metal. Não por acaso, estas quatro bandas são ainda a chamada “Big Four” do gênero, algo como os “quatro maiores grupos”.

Embora seja relativamente curto (são nove músicas com um tempo total de pouco mais de 40 minutos de duração), o Rust in Peace marcou história para o Megadeth principalmente por conta de três músicas: a Holy Wars…The Punishment Due, a Hangar 18 e a Tornado of Souls, clássicos mais do que obrigatórios em qualquer apresentação da banda.

Primeira faixa do álbum, a Holy Wars impressiona logo nos primeiros acordes, com um riff pesado e rasgado, que preparam o ouvinte para a voz de “pato esganiçado” de Mustaine. A letra também chama a atenção por falar das chamadas “guerras santas”, de teor forte. Vejam só este trecho: Brother will kill brother; Spilling blood across the land; Killing for religion; Something I don’t understand (Irmão matará irmão; Derramando sangue pela terra; Matando em nome da religião; Algo que eu não entendo).

Se essa música já era o suficiente para deixar o ouvinte extasiado, a sequência é não menos genial. Hangar 18, que fala sobre a Area 51 (local nos Estados Unidos em que supostamente aconteceriam estudos sobre extraterrestres), mostra todo o alto nível técnico da banda, principalmente do guitarrista Marty Friedman.

Voltando um pouco mais às raízes, temos na ordem as “porradas” Take no Prisioners (letra que também trata sobre guerras), Five Magics (algo a ver sobre um homem que aprende a usar cinco tipos de magia, algo com a qual Mustaine esteve envolvido antes de se tornar um cristão convicto) e Poison Was The Cure, com conteúdo mais pesado, sobre o vício de Mustaine em heroína.

Outra música que faz sucesso com os fãs da banda, Lucretia, mantém a qualidade do disco em alta. Embora tenha uma letra de uma história sobrenatural (fantasmas que vivem em um porão), a música possui uma levada mais cadenciada, boa para se “bater a cabeça”.

Outro clássico da banda, Tornado of Souls, também mostra todo o apuro técnico da banda, seja com os riffs de Mustaine, os solos de Friedman e ainda a cozinha formada pelo baixista Dave Ellefson e o baterista Nick Menza. Ela traça um paralelo entre o caos que estava a vida amorosa do guitarrista/vocalista, que estava terminando uma relação de seis anos, como diz o refrão But now I’m safe in the eye of the tornado; I can’t replace the lies that let a 1000 days go; No more living trapped inside; In her way, I’ll surely die; In the eye of the tornado, blow me away (Mas agora eu estou a salvo no olho do tornado; Eu não posso substituir as mentiras que deixam mil dias passar; Chega de viver preso dentro de mim; Da maneira dela, eu certamente morrerei; No olho do tornado, me soprando para longe)

Finalizando o “play” temos ainda a Dawn Patrol (cantada por Ellefson), falando sobre a destruição do mundo, e Rust in Peace…Solaris, que, segundo Musta,ine, surgiu quando ele viu a frase “Tomara que todas as ogivas nucleares enferrujem em paz”. Ele gostou do que leu e transformou em canção.

Divulgação
Nick Menza, Dave Mustaine, David Ellefson e Marty Friedman.

Apenas como curiosidade, foi na turnê deste álbum que a banda se apresentou pela primeira vez no Brasil. O Megadeth foi uma das bandas que tocou no Rock in Rio 2, em 1991.

Ficha técnica

Dave Mustaine — vocal, guitarra
Marty Friedman — guitarra, vocal de apoio
David Ellefson — baixo, vocal de apoio
Nick Menza — bateria

Faixas/composição/tempo

1.     “Holy Wars… The Punishment Due” Mustaine 6:32
2.     “Hangar 18” Mustaine 5:11
3.     “Take No Prisoners” Mustaine 3:27
4.     “Five Magics”  Mustaine 5:39
5.     “Poison Was the Cure” Mustaine 2:56
6.     “Lucretia” Ellefson, Mustaine 3:56
7.     “Tornado of Souls” Ellefson, Mustaine 5:19
8.     “Dawn Patrol” Ellefson, Mustaine 1:51
9.     “Rust in Peace… Polaris” Mustaine 5:44

Duração total:     40:35

Escute algumas das faixas

Holy Wars…The Punishment Due

Hangar 18

Tornado of Souls

Paraná Online no Google Plus

Paraná Online no Facebook