Leo Brizola mostra pinturas no Memorial de Curitiba

O artista mineiro Leo Brizola comanda a exposição ?Marlene e Fauno?, que inaugura às 18h30 desta terça-feira (11), no Salão Paranaguá do Memorial de Curitiba. As pinturas em tinta acrílica sobre tela fazem referência à atriz de origem alemã Marlene Dietrich, um dos mitos do cinema do século XX. Estão reunidos na mostra trabalhos integrantes da série ?Marlene? e polípticos em grandes formatos, num total de 15 obras, todas realizadas entre 2003 e 2006.

Nascido em Belo Horizonte (MG), em 1962, Leo Brizola é formado em Artes Plásticas, pela Faculdade Escola Guignard, e em Belas Artes, pela Universidade Federal de Minas Gerais. A produção do artista abrange técnicas de desenho, gravura, pintura e também bordado, expressão artística que aperfeiçoou na década de 1990, ao retomar o antigo hábito familiar de bordar. ?Pegava pontos complicados, bordava na tela e os trabalhava?, lembra Brizola. Os desenhos, gravuras e pinturas são primorosos, levando o espectador a realizar várias leituras e descobrir diversos universos. 

Avesso à divulgação fácil, Brizola levou mais de 20 anos para estruturar a carreira, o que aconteceu graças à irmã Cida Brizola. Por iniciativa dela, o trabalho do artista deixou de ser acessível apenas a colecionadores para conquistar espaço nacional. Em 2005, o talento de Brizola ganhou exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com diversos quadros e painéis de 20 metros quadrados. Algumas dessas obras integram a mostra ?Marlene e Fauno?, em Curitiba.

A atriz Marlene Dietrich é a musa de Brizola, nas pinturas que podem ser apreciadas no Memorial de Curitiba. O artista não se preocupa em deter a inspiração gerada pela imagem da atriz alemã, e Marlene ganha diferentes versões em suas telas. ?Como um modelo transformista vestido por Erté, ela exibe sua transfiguração alucinada como enigma à nossa visão?, diz o historiador e perito em arte brasileira, Marco Elizio de Paiva, sobre a apropriação da imagem da atriz. ?Cheia do espírito da natureza da arte, andrógina e enigmática em transmutação para sereia barroca, ela destrói nossa ingenuidade e nossa pretensão apenas com seu olhar. Ela é um axioma. Ninguém ficará imune mesmo se ignorá-la.?
 
Serviço
Memorial de Curitiba
(Rua Claudino dos Santos, s/n ? Setor Histórico ? fone: 41 ? 3321-3313)
Salão Paranaguá (1º andar)
Exposição ?Marlene e Fauno?, com pinturas do artista mineiro Leo Brizola
De 11 de abril (abertura às 18h30) a 11 de maio de 2006
Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 9h às 15h
Entrada franca

Voltar ao topo