Diretores independentes contra Hollywood

Um grupo de cineastas independentes, encabeçado pelo veterano Robert Altman, iniciou um processo judicial contra os maiores estúdios de Hollywood por terem sido proibidos de enviar vídeos de suas produções aos jurados dos prêmios cinematográficos.

A proibição de envio de vídeos, aprovada pela Associação Cinematográfica dos Estados Unidos, com o pretexto de bloquear a proliferação de cópias ilegais dos filmes, tem o efeito de impedir que os filmes de diretores independentes sejam vistos pelos críticos, segundo a denúncia.

O processo iniciado em Los Angeles pelo Independent Feature Project (IFP), com o apoio de Altman, pede a imediata anulação dessa proibição e um ressarcimento de US$ 25 milhões.

Com 78 anos e uma longa e consistente carreira, Robert Altman é um nome importante nessa batalha contra os grandes estúdios. Ele dirigiu grandes filmes, como “M.A.S.H.” (1970), que foi seu primeiro grande sucesso, além de “Nashville” (1975), “The player” (1992) e “Short cuts” (1993).

A proibição de envio de material foi imposta porque, segundo sustenta a Associação Cinematográfica, os numerosos filmes enviados (em vídeo ou DVD) para os críticos ou para os membros dos júris dos prêmios cinematográficos acabavam nas mãos de “piratas”, alimentando o mercado ilegal na Ásia e na Europa.

As empresas cinematográficas independentes consideraram a decisão discriminatória, porque os grandes estúdios já organizaram numerosas projeções de seus filmes e também fizeram circular cópias através de remessas próprias.

A Associação Cinematográfica dos Estados Unidos excluiu a proibição aos membros do júri do Oscar, mas os cineastas independentes querem a abolição total dessa medida restritiva.

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