São Paulo vira em cima da Ponte e aumenta a vantagem na ponta da tabela

Qualidade não se discute. No futebol, quem tem, é soberano. Ontem o São Paulo mostrou por que tem um dos melhores, senão o melhor time do País na atualidade. Poupando 10 jogadores para o duelo contra o Chivas, quarta-feira pelas semifinais da Libertadores – só o goleiro Rogério Ceni jogou -, manteve a liderança do Brasileiro com triunfo de 3 a 1, de virada, sobre a Ponte Preta, em Campinas.

Os gols da equipe foram marcados por dois jogadores com condições grandes de, em breve, assumirem vaga entre os titulares: o zagueiro Alex Silva e o meia Lenílson (2).

Foi um passeio são-paulino. Laterais à vontade, chegando com freqüência ao ataque, defesa bem postada, sem deixar a Ponte criar grande perigo a Rogério Ceni. Na frente, Tiago e Alex Dias, se não foram brilhantes, ao menos se movimentaram, abrindo espaços. O meia Lenílson mostrou ter estrela, fazendo dois belos gols.

Contando com tropeços

de Cruzeiro (derrota por 1 a 0 para o Paraná) e Fluminense (empate por 2 a 2 com o São Caetano) no sábado, dois times que o ameaçam na frente, o São Paulo pisou no gramado do Moisés Lucarelli sem pressão. Foram oito minutos de calma. Até Tuto acertar lançamento para Luiz Mário. O atacante driblou Rogério Ceni e sofreu pênalti.

Tuto cobrou e Rogério Ceni defendeu. O auxiliar Ednei Guerreiro Mascarenhas marcou avanço do goleiro. Nova cobrança e gol de Tuto. Como se nada tivesse acontecido, o São Paulo seguiu tocando a bola sem pressa, esperando o melhor momento para o bote. Ele veio ao 40 minutos, após duas chances desperdiçadas com Alex Dias e Lúcio. Lenílson recebeu e, com belo voleio, empatou.

A fase final foi toda do São Paulo. Logo aos 7, Alex Silva virou. Aos 26, Lenílson, com outro belo chute, definiu a liderança e provou para o técnico Muricy que ele não tem 11, mas 22, 23, 30 titulares.

Exibido – O árbitro carioca Wagner Tardelli de Azevedo, cabelo com gel e nenhuma humildade, quis dar uma de todo-poderoso ontem, antes do intervalo. Após dar dois minutos de acréscimos, viu Muricy Ramalho cobrar o fim do jogo, pois o relógio já quase apontava 48 minutos. Veio até a beirada do campo e pediu silêncio, dizendo que ele é quem manda. Para que não fosse captado seu áudio, ainda tirou o microfone ambiente da tevê e o atirou longe.

?Ele pode ter autoridade, mandar no jogo, só que não é dono de tudo que acontece aqui?, reclamou Muricy.

Ponte Preta 1 x 3 São Paulo

Ponte Preta: Jean; Thiago Mathias, Luís Carlos (Mossoró) e Preto; Caio (Pará), Carlinhos, Emerson (Dionísio), Tuto e Iran; Luiz Mário e Almir. Técnico: Marco Aurélio.

São Paulo: Rogério Ceni; Alex Silva, Alex e Edcarlos; Wilsinho, Ramalho, Richarlyson, Lenilson e Lúcio; Tiago Ribeiro e Alex Dias (Lima). Técnico: Muricy Ramalho.

Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (RJ)

Gols: Tuto (P) (pênalti), aos 11 minutos, e Lenílson (S), 40? do 1.º tempo; Alex Silva (S), 7?, e Lenílson (S), 26? do 2.º tempo.

Cartão amarelo: Edcarlos (S) e Luís Carlos. (P)

Local: Moisés Lucarelli, em Campinas.

Renda: R$ 69.400. Público: 6.147 pagantes.

Voltar ao topo