Ramallah – ?Consegui tocá-lo! Consegui tocá-lo!?, repetia, deslumbrado, um menino que driblou os seguranças. E um rapaz, de nome Zyad Estiteyeh, com a bandeira brasileira sobre os ombros, contava que viera de Nablus, norte da Cisjordânia, só para ver o ídolo. Vários diziam que sua visita era mais importante que as de líderes como Tony Blair e Vladimir Putin.
O ídolo era Ronaldo, o atacante da seleção brasileira e do Real Madrid, hoje em visita de um dia à Palestina e Israel, como embaixador do Programa de Desenvolvimento da Onu (PNUD). Ele chegou a Tel-Aviv, visitou a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e foi para Ramallah, a capital palestina. Aplaudido por onde passava, teve um breve encontro com o primeiro-ministro palestino, Ahmad Korei.
O jogador falou para uma platéia de 1.500 pessoas, em um local onde caberia, no máximo, a metade disso. ?Meu objetivo, com esta visita, é contribuir, na medida das minhas possibilidades, para a paz no mundo. A Palestina deve viver como qualquer país e desfrutar da paz?, disse. E completou: ?Em meu nome e dos jogadores do Real Madrid, agradeço a recepção que tive. Prometo falar do povo palestino no Brasil. Eu os levo no meu coração?.
Depois, foi para Herzliya, em Israel, onde visitou um centro para jovens carentes, fundado pelo ex-primeiro-ministro Shimon Peres. Lá, Ronaldo assistiu, com Peres, a um jogo entre meninos israelenses e palestinos e entregou medalhas. Antes de voltar para a Espanha, declarou: ?Estou feliz por trabalhar pela paz, tanto em Ramallah quanto em Herzliya?.