O Paraná Clube segue a sua rotina de instabilidade. Na estreia de Roberto Cavalo, somou apenas um ponto diante do Juventude, adversário direto na luta contra o rebaixamento. A cada rodada, o sonho de volta à elite fica mais distante.
Hoje, o Tricolor teria que melhorar seu atual rendimento até para seguir na Segundona no ano que vem. Restando catorze jogos, o time de Roberto Cavalo precisa de mais 17 pontos para chegar aos 46, nas projeções o “número mágico” para escapar da degola.
O blábláblá sobre uma reação rumo ao G4 já parece papo de botequim. O ponto somado na última terça-feira valeu uma posição na tabela de classificação. Mas, na prática, o Paraná viu a vantagem para a ZR cair para apenas dois pontos.
“Não podíamos ter vacilado. Era jogo pra vencer”, disse o goleiro Zé Carlos. “Mas, não há tempo para lamentações. Temos que fazer um grande jogo em Fortaleza e parar com essa história de que fora a gente não vence”, lembrou. O retrospecto do Tricolor, como visitante, é no mínimo preocupante: só duas vitórias e dois empates, em doze jogos realizados.
Após 24 rodadas, o Paraná venceu apenas oito vezes. E, para se manter na Série B, terá que buscar mais cinco ou seis vitórias nessa reta final. Serão apenas sete jogos em casa, alguns contra concorrentes diretos como Campinense, Duque de Caxias e Fortaleza, nos quais não poderá sequer empatar.
Neste clima de visível pressão, o técnico Roberto Cavalo terá que encontrar uma equipe-base minimamente confiável para a missão. Um dilema para a nova comissão, que já viu ter feito apostas equivocadas em sua primeira partida à frente do time.
Diante do Ceará, 4.º colocado e com nada menos do que catorze pontos de vantagem sobre o Tricolor , o treinador terá que encontrar uma nova opção de ataque, após o “mico” que pagou com Bebeto.
O atacante, que não havia emplacado até então, teve mais uma atuação desastrosa diante do Juventude e já está fora dos planos de Cavalo para o restante da temporada. Resta saber se haverá tempo para o treinador encontrar soluções num grupo que até aqui se mostra instável até emocionalmente.