Roberto Brum pode ficar em definitivo no Coritiba

Isso é que é querer ficar num clube. O volante Roberto Brum, que já demonstrou diversas vezes a vontade de jogar no Coritiba, pode acabar ficando em definitivo no Alto da Glória. Em uma negociação até agora sigilosa, a diretoria alviverde está tentando acertar a permanência do jogador, fazendo então um contrato de cinco anos com ele.

As conversas entre Coritiba e Fluminense sobre a contratação definitiva de Roberto Brum começaram há duas semanas, com o aval do próprio volante. “Todos aqui sabem que eu pretendo ficar no Coritiba”, afirma o jogador, que chegou a deixar o Fluminense antes da Copa dos Campeões para se reapresentar antecipadamente no Alto da Glória.

O negócio entre os clubes não envolveria dinheiro, a princípio. A idéia do Coritiba é acertar o empréstimo de dois jogadores (com tempo a definir) para quitar o valor referente ao vínculo de Brum com o Fluminense. “Ainda não está definido como será o negócio. Só posso dizer que está bem encaminhado”, diz o secretário alviverde Domingos Moro.

Mas o interesse carioca por dois jogadores pode acelerar o acordo entre os dois times. Segundo fontes ligadas ao Fluminense, os atletas do Cori que entrariam no negócio seriam o lateral Badé e o atacante Malzoni. E um ponto que estaria emperrando o acerto é a vontade do Flu em contar com ao menos um deles em definitivo. E este jogador seria Malzoni, com ótima reputação por ter jogado nas seleções brasileiras de base.

Roberto Brum então seria jogador do Cori e assinaria um contrato longo. “A idéia é termos um vínculo com ele pelo maior tempo que a lei permite”, afirma Moro. Mas, por enquanto, a diretoria alviverde prefere manter o sigilo sobre esses detalhes da negociação. “Vamos deixar as coisas andarem normalmente”, diz Moro. Para Roberto Brum, a espera é difícil. “Gostaria que isso fosse terminado o mais rápido possível. Se der certo, vou ficar muito feliz”, finaliza o volante.

Gustavo

A diretoria voltou a negar a contratação do goleiro Gustavo, do Rio Branco de Americana – já confirmada pelo clube paulista. “Se os sites estão noticiando, eles sabem mais que o clube”, diz Moro. Apesar disso, o jogador é conhecido da comissão técnica e do coordenador Sérgio Ramirez, que o viu jogar. “É um bom goleiro, mas não está contratado. Existe uma lista com alguns jogadores”, desconversa.

Falta de grana afeta até jogos amistosos

Se não vem o Internacional, que seja mesmo um jogo-treino. Não é só o campeonato brasileiro que sofre com a redução das cotas da televisão. Qualquer ato que envolva dinheiro acaba sendo afetado pela crise financeira que assola o futebol e o país. O preço do dólar, a queda da bolsa ou mesmo o tal risco-Brasil estão influindo até na realização de simples amistosos.

O Coritiba tem justamente esse problema. Para trazer o Toluca, o investimento seria de quase R$ 80 mil, inviável depois das últimas contratações. A tentativa desta semana era realizar dois jogos contra times gaúchos – amanhã contra o Inter e terça contra o Caxias, fosse em Curitiba ou fosse no Rio Grande do Sul. Não deu, e o Inter conseguiu arranjar uma partida contra o Universidad Catolica, em Santiago.

Logo depois do fim das negociações com os gaúchos, tocou o telefone do Cori. Era a diretoria do Criciúma, convidando o clube para disputar um jogo no estádio Heriberto Hulse. Mas os catarinenses não ofereceram nada em troca. “Queriam que a gente pagasse tudo. Aí não tem condições de viajar”, confessa o coordenador técnico Sergio Ramirez. “Antes existia uma cota para quem fosse convidado. Agora, os tempos são outros”, diz o técnico Paulo Bonamigo.

Por sinal, fica ruim para o treinador coxa, que gostaria de disputar antes do Brasileiro ao menos três amistosos, e por enquanto nada. “Vamos ter que nos adaptar a essa nova realidade”, afirma. Ele gostaria destas partidas para que o elenco já sentisse o clima de competição, que inevitavelmente não será projetado durante os treinos. “É bom que os jogadores percebam o que lhes espera na competição. Mas se não temos os amistosos, vamos dar um jeito por aqui”, garante.

A primeira iniciativa foi acertar um jogo-treino contra o Joinville, no próximo sábado. Enquanto a semana não passa, Bonamigo prepara uma série de treinos especiais. “Quero ver se consigo realizar alguns coletivos mais fortes, e se for necessário aumentamos a carga de trabalho. Só não podemos ficar parados porque não haverá amistosos”, finaliza o treinador alviverde. (CT)

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