Parreira confirma “força máxima” contra o Haiti

Rio de Janeiro – Golear ou não o Haiti no amistoso de 18 de agosto, em Porto Príncipe, passou a ser um dilema para a seleção brasileira. O técnico Carlos Alberto Parreira não quer economia de gols no jogo. E preferiu levar na brincadeira uma declaração atribuída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante recepção aos campeões da Copa América, segunda-feira, em Brasília. “O Lula nos pediu que não ganhássemos de muito para não estragar a festa”, contou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

O dirigente relatou a inconfidência com bom humor. E não sabia que a expectativa no Haiti é exatamente contrária a de Lula. “Quanto mais gols, maior a nossa festa. Os haitianos vão torcer para o Brasil golear. Nem em sonho podemos fazer um gol no pentacampeão mundial”, disse Pierre Andre Rigaud, um dos organizadores do amistoso, que esteve ontem na sede da CBF. “Ver Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho de perto vai ser um carnaval como nunca visto em Porto Príncipe.”

O Haiti ocupa o 88.º lugar no ranking da Fifa e só participou de uma Copa do Mundo, em 1974. O país tem um campeonato nacional regular, com a participação de 20 equipes amadoras, e parou domingo retrasado, quando Brasil e Argentina decidiam o título da Copa América. Após as cobranças de pênaltis e a confirmação da conquista, milhares de haitianos saíram às ruas para festejar a vitória brasileira. “Houve buzinaço, passeata com panos e bandeiras com as cores do Brasil. Por isso tudo, eu afirmo que todos os haitianos vão torcer para o Brasil no amistoso”, disse Rigaud.

Aprovados

Carlos Alberto Parreira divulgou ontem a lista de 18 convocados para o confronto com o Haiti – um jogo de caráter político, que vai ser realizado a pedido de Lula, interessado no processo de pacificação do país da América Central. Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e os demais craques da seleção estão na relação.

O treinador convocou cinco dos que disputaram recentemente a Copa América: o goleiro Júlio César, o zagueiro Juan, os volantes Edu e Renato e o atacante Adriano. Foi uma prova de que esses atletas passaram no “vestibular?? de Parreira – era assim que ele tratava a competição.

Aos 18 se juntarão mais quatro jogadores, que vão ser convocados durante a passagem do time pelo Haiti. É bem provável que os reforços sejam Alex, Kléberson, Luís Fabiano e um lateral-esquerdo – a disputa estaria entre Júnior e Gustavo Nery.

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